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Mostrando postagens com o rótulo Literatura Feminina

Você conhece o Sarau Quinta das Artes?

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| coluna 02 | Sarau Quinta das Artes Nossa coluna é um espaço para conhecermos os projetos que vêm sendo desenvolvidos e realizados por mulheres. E hoje trago a vocês o Sarau Quinta das Artes , idealizado e coordenado por Carla Alves, no Rio Grande do Norte. Aproveito a ocasião para convidá-los a assistir  no dia 28 de janeiro às 19:00 horas, o último episódio da série de debates virtuais do "Especial Literatura em Casa", que abordará o "Mercado Editorial no RN e a projeção de seus escritores fora dos limites do estado". Esse evento é promovido pelo Sarau Quinta das Artes . E contará com a participação ao vivo de Jânia Souza, Jeovânia P., Antenor Mário e José Correia; e através de vídeo: Aluísio Azevedo Jr e Cleudivan Jânio. O debate ocorrerá pela plataforma YouTube, a partir do link: https://www.youtube.com/user/SESCRN . Para conhecer mos um pouco mais sobre esse projeto fizemos uma entrevista com Carla Alves. Que se define como:  “ Mãe de Natália

UniVerso de mulheres 10 - A crônica urbana e poética de Fernanda Vieira, por Valeska Brinkmann

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UniVerso de Mulheres 10                                                                       A crônica urbana e poética de Fernanda Vieira , por Valeska Brinkmann Nada mais importa   Que me importa o que eles falam? Que me importa o que eles dizem? Deslizo meu corpo na fluidez da minha liberdade de mulher que sabe, sabe que nada mais importa. Cantarolo uma música de que não sei a letra. Eu que nem sei como pavimentei esse caminho pelo qual vou me escorregando. Vou me abrindo na confiança de ser sempre nova amanhã. E meus olhos recebem desejosos seja lá o que tocarem. Escancarei as janelas da minha alma porque perdi o medo de me machucar no escuro. Tão perto de mim que pouca coisa importa. Esbarro nas coisas e derrubo pedaços de mim por aí, descuidada. Hoje eu me abri para o infinito. E me invadiu a consciência de tudo tão violentamente que meus poros transbordam e transpiram. Transformam. E essas palavras todas que eu não vou não sei não quero não preciso dizer vão te encontrar de al

De Prosa & Arte | Datas Comemorativas

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  Coluna 6 Datas Comemorativas  Eu tenho refletido sobre datas comemorativas. E não é de hoje. Tudo numa sociedade vira comércio e especulação financeira. As lojas ficam cheias e nos estapeamos como abutres em cima das ofertas. Com licença, por favor, obrigada, Boa sorte, bom dia, deixaram de ser usados com frequência. Viraram luxo. A gente se surpreende quando escuta. Eu fico melancólica e nostálgica perto do fim do ano especialmente no Natal. Gosto mais de lembrar a sensação desta data na infância, quando depois da meia noite meus tios e tias vinham com um sacolão imenso cheio de coisinhas do Paraguai: caneta de 12 cores, Estojo, ioiô luminoso, bola e corda que tocava música. E a gente brincava junto com irmãos e primos. Era uma alegria tamanha. Minha mãe me colocava a melhor roupa e me penteava os cabelos. Botava um brinquinho brilhante e uma sandália novinha. Tinha ponche com champanhe e com guaraná, às vezes na peraltice infantil a gente errava os potes. Depois de comer, beber e b

De Prosa & Arte | Tecelão de (des)afetos

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Coluna 2   Tecelão de(des)afetos Ano passado foi um daqueles anos truncados, difíceis, de muitas mudanças e grandes novidades. Eu sofri estragos desde o 1° dia do ano. Susto. Decepção. Preocupação. Sensação de quase morte.  E minha comemoração dos 40 em janeiro (meio tardiamente) quase abortei. Agradeço a todos que estiveram comigo neste dia, pois me fortaleceu. Àqueles que só estiveram em intenção ou pensamento também sou grata. Sim, pasmem! Ano passado tive a oportunidade de comemorar 40 e 41. Em janeiro foi a ostentação. No dezembro seguinte na data exata foi uma coisa mais família no lugar que amo praia: "pé na areia, a caipirinha, água  de coco, a cervejinha, pé na areia, beira do mar" .  Outra  descoberta dos enta e tantos - o quão precioso e bom - é por foco em quem divide com a gente dias inteiros, viagens, loucura, mau humor, stress, e todo o resto que vem na vivência nuclear. Ano passado "perdi" amigues. Eu que adoro fazer a social achei que não suportaria

UniVerso de Mulheres 08 - Geni Núñez, por Valeska Brinkmann

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|  Coluna 08 |                                                                        Foto  © Luciana Fraz ã o Reflexões de Geni Núñez em três temas por Valeska Brinkmann I: Liberdades nativas: "Livre como um pássaro a voar". Muitas pessoas acham passarinhos voando O Grande sinal da liberdade e entendo o sentido, mas penso que um pássaro voando é tão livre quanto um cachorro latindo, um peixe nadando, uma cobra rastejando. Todos vivendo o fluxo de suas naturezas. Nesse sentido, se digo que, como humana, quero ser livre pra voar, poderia igualmente dizer que quero ser livre como um galo a ciscar.  A lição que me fica disso é que nossa liberdade está mais em poder exercer os limites do nosso corpo do que almejar o irrealizável. Imaginem uma aranha que dissesse: quero ser livre pra nadar como um tubarão! Talvez não se desse conta que sua liberdade está em tecer suas fantásticas teias no ar, não em nadar no mar. Cobrar de um dia e

Divina Leitura | A força vital da madeira: uma leitura de "Coração Madeira" de Marli Walker

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  Coluna 01 A força vital da madeira: uma leitura de Coração Madeira de Marli Walker - por Divanize Carbonieri   Coração Madeira (2020) de Marli Walker é a história de uma travessia. A protagonista, chamada de Filha do Meio e, posteriormente, de Coração Madeira, deixa o interior do Sul do país em direção ao sertão do Norte de Mato Grosso, num momento em que muito da mata nativa ainda existia, mas já estava em pleno processo de derrubada. É uma trajetória individual e, mais do que isso, de individuação, de uma mulher que se descobre senhora da própria vida em meio aos caminhos e descaminhos trilhados. Mas também é uma jornada que serve de paradigma para a de levas e levas de migrantes sulistas rumo à região Centro-Oeste. Dessa forma, o micro está contido no macro e vice-versa, numa interessante relação entre a parte e o todo. Uma espécie de mecanismo de zoom aplica-se na narrativa, permitindo que a leitora se aproxime e se afaste desse panorama complexo. A principal particularid