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Coluna 05 - In-Confidências por Adriana Mayrinck

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| coluna 05 | UNIVERSO VIRTUAL E REAL DA POESIA SER POETA Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.  Nasceu a 08 Dezembro 1894 (Vila Viçosa) / Morreu em 08 Dezembro 1930 (Matosinhos) Nesse universo virtual e real da escrita onde todos são poetas fico pensando com os meus botões, a banalização da palavra e do que é realmente ser poeta. Não, eu não sou poeta e tenho um olhar muito crítico sobre tudo isso. Claro que é a minha opini

Elas me fazem de gata e alpercata | Desfile de meowdas 1 - Publicação coletiva

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|  coluna 04  | Desfile de Meowdas 1 por Chris Herrmann A minha coluna de hoje sobre o mundo felino é interativa. Trata-se de um desfile de “moda felina“! Mas como assim?Ora, nossos bichanos estão sempre inventando moda, não é? Então, nada mais justo que tenhamos um espaço para elas e eles se exibirem mais um pouquinho (risos). Essa nova seção da coluna poderá ser publicada outras vezes, portanto este é o desfile número 1. Vejamos abaixo o que seus pais e mães falam delas e deles, e suas fotos.  LIN QUINTINO São dois felinos, dois gatos ou dois presentes que a vida trouxe sem pedir licença. Foi empurrando a porta dos sentimentos e deixando ancorados no porto dos desejos dois gatos.  No começo, nos estranhamos, cada um com suas manias já consagradas e sem abrir mão um milímetro, mas aos poucos, nos roçando, até nos embolar na cama. Hoje, dividimos tudo, até as manias. JENNIFER TRAJANO Quem tem medo de ver vulto no escuro é criança. Adulto tem medo de pisar no gato e sentir-se mal depois

Crônica | Momentos que somam e dividem, por Chris Herrmann

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| coluna 16 | Momentos que somam e dividem por Chris Herrmann   É incrível como há momentos na vida da gente que, ao mesmo tempo que nos somam e dão muita satisfação, podem nos dividir interiormente.  Foi o que aconteceu comigo na virada de 2017 para 2018 e também três meses depois. Tive uma fase bem difícil e delicada por conta de um tratamento de câncer de mama. Antes do terrível diagnóstico, eu estava toda feliz, planejando o término do meu primeiro romance e uma possível viagem ao Brasil para lançá-lo em três cidades.   Apesar do susto do diagnóstico e as dificuldades enfrentadas no tratamento da doença, posso até dizer que me saí bem. Procurei unir forças para não me deixar deprimir, nem fazer com que a doença me vencesse. Não. Eu a venci com o apoio do avanço da ciência e da medicina, mesmo sabendo que isto só foi possível por conta de um diagnóstico prematuro em um exame de rotina. Mais aliviada, porém um tanto debilitada com as várias sessões de radioterapia, decidi aceitar o c

ERA UMA VEZ 13 I A memória na literatura infantil da escritora Paula Perin

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  " Enquanto isso, Ditinho Mal conseguiu trabalhar, Pensando no seu sapato, No seu baú a brilhar... Passou o dia doidinho Querendo o bichinho calçar! Esses são alguns dos versos que compõem a história de Ditinho do livro O sapato de Ditinho da escritora Paula Perin. Paula Perin é doutora em Linguística, professora de Escrita Criativa e Acadêmica, autora de “O sapato de Ditinho” e “O drone de Tonico”, idealizadora do Projeto “Escrita que Transforma” e do “Literatura sem Fronteiras”. "Depois de um longo período tentando me encontrar na vida, de me privar dela para dar conta dos desafios de conciliar carreira, estudos e família, encontrei na escrita uma forma de me conectar com minha criança interior e resgatar as coisas importantes que me fazem feliz.  Uma dessas coisas é a escrita literária", revela a escritora. Desse processo de reinvenção, surgiu seu primeiro livro, O sapato de Ditinho , livro inspirado em uma memória da sua infância. Ditinho era o nome ca

X Tertúlia Virtual: Inquietudes Poéticas & As Múltiplas Faces de Afrodite

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  TERTÚLIAS VIRTUAIS |  04 - por Marta Cortez ão   “A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si mas relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo. [...] A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o sujeito, o absoluto; ela é o Outro.” (Beauvoir, 1970, p.10)   O livro O segundo sexo , de Simone de Beauvoir, teve sua primeira edição em 1949. O tempo que nos separa deste evento são de exatos setenta e um anos, entretanto, há ainda a urgente necessidade de trazer estes questionamentos para o século XXI: qual é o lugar da mulher na atual sociedade? Como estamos construindo este conceito historicamente e culturalmente? Por que é importante discutir acerca do gênero? Por que dizer-se feminista provoca tantos desafetos? Sempre é tempo de despir-nos das velhas amarras da ignorância e buscar entender o real significado do Feminismo que, em poucas palavras, nada