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Cinco poemas de Jeovânia P. | "Esse ganho ganhado de vida"

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  Tamara Natalie Madden Cinco poemas de Jeovânia P. "Esse ganho ganhado de vida" DOR DE PRETA     A dor vai enrolando a mulata Dando um nó do pé a cabeça Vai estrangulando Até matar a preta de tristeza ESCURIDÃO   Caminhamos para a escuridão não por que queremos mas por que ela nos cerca   tentamos acender a luz outras mãos apagam   gritamos nossos gritos parecem não encontrar eco   não sabemos como andar se há buracos na frente se há parede porta desvio ou se a estrada é reta a escuridão não nos permite ver Tamara Natalie Madden HOMEM DE PODER   Fomos devorados pelo animal mais cruel que existe Ele nos tirou nossa comida Nossa roupa Nossa luz Nossa á gua Devorou nossos filhos E nossa nação   Um animal com l á bia Com circo Sem pão   Resgatou nossos direitos no caixa Deu-nos um tanto mais de deveres E foi gozar nosso sangue INDIGNAÇÃO   Eu é que não quero Ser boi na vida Se deixando ser levado Junto à boiada Pass

Exposição Coletiva | Todo barulho que transborda do meu silêncio

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  Massuelen Cristina Exposição Coletiva Todo barulho que transborda do meu silêncio Exposição Coletiva Do Feminino na Arte   A Exposição Coletiva “Todo barulho que transborda do meu silêncio.” traz 14 Artistas através da iniciativa Do Feminino na Arte . A convite da curadora e artista carioca Karenina Marzulo (que também participa da mostra), foram produziram imagens no primeiro semestre de 2020 durante o período mais rigoroso do distanciamento social imposto pela pandemia de corona vírus. O argumento surgiu a partir de um questionamento realizado nas redes sociais sobre os sentimentos aflorados nessa nova percepção das relações e do espaço. As artistas Adrielle Vieira , Mariana Rocha , Luiza Scarpa , Mari Morgado , Carol Vilamaro , Tainá Alvim , Danielle Neves , Massuelen Cristina , Janaina Tavares , Laís Dantas , Maria Mara , Mariana Quintão e Fraga , que são de distintas localidades, imprimem suas diferenças em linguagens e pesquisas artísticas únicas baseadas no tema central.

ABI Inter | a Revista Ser MulherArte agora é membro!

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A Revista Ser MulherArte foi aprovada como membro da ABI Inter - Associação Brasileira de Imprensa Internacional Essa é uma novidade muito honrosa para o nosso coletivo da Revista Ser MulherArte, para todas as colaboradoras, colunistas e nossos leitores. Em nome da Revista, fiz a inscrição, sem saber se a revista (e eu, em seu nome) teríamos chance de ser aprovadas. É para mim uma alegria receber uma carta em resposta com muitas informações importantes para essa nova associação da qual agora fazemos parte.  A nossa revista foi criada em fevereiro deste ano e, desde então, nosso coletivo tem trabalhado com muito empenho para ser não só apenas mais um veículo de divulgação, mas estar entre os que fazem um trabalho sério, diferenciado, criativo, original, sem plágios, sem imitações, e sem desrespeito aos direitos dos leitores e do material veiculado. Tudo isso, claro, sem sair do nosso objetivo, que é o de dar visibilidade às mulheres com todas as suas artes de uma forma abrangente, profi

Improvisos & Arquivos | árvore/poemas - publicação coletiva

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|  Improvisos & Arquivos - 08 | Árvore - poemas por Chris Herrmann Esta é a oitava edição do nosso projeto de improvisos que se transformou em coluna.  Improvisos & Arquivos  terá sempre alguma variação de abordagem, mas manterá a ideia de improvisação, seja minha por sugestão de amigos ou vice e versa. A publicação de hoje contém poemas de 16 autores (mulheres e homens) dos amigos que aceitaram o desafio de escrever sobre o tema acima proposto.  Agora, vamos aos resultados, lembrando que alguns dos poemas trazidos podem não ser inéditos. Como o nome da coluna já diz sobre a fonte - improvisos & arquivos... Arte de Lu Valença p o e m a s Passageira Desfeita amá-la, tão frágil, tão pele. Inteira de fendas, equibrista. Escrita e Nódoa, átimo prazer, paisagem e viagem, instantes e querer. A flor sangra forte, desembarca no abate brasão escarlate amor sem espera. Fez-se ao combate, destino ou vala, em veias de aço. Desfeita a mala, com sombra e  bagaço. Maria Elizabete Nascimen

Cinco poemas de Catita | "Minha árvore é baobá rainha da savana"

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  FSM-Team. Fonte: pixabay.com Cinco poemas de Catita "Minha árvore é baobá rainha da savana" Monstro imaginário                           Meu monstro não é sem cabeça, de uma perna só, carrega um saco, mora no escuro ou parece o Boitatá. Meu monstro não vem da África, Ásia ou Oceania, muito menos dos castelos europeus.   Meu monstro não é um boi, nem tem a cara preta, não pega como a Cuca, não mora embaixo de minha cama. Meu monstro não me atormenta na lua cheia ou na sexta-feira treze, muito menos me espreita nos bosques hollywoodianos.   Meu monstro não está na rua deserta, na arma do bandido, no ponto de drogas ou após a faixa amarela do metrô. Meu monstro não é a infecção, o câncer, a cegueira ou a amputação.   Meu monstro, calma e solenemente, sem alarde, embora espere resposta, apenas diz: “ Você não vai conseguir ”.   Hoje   Hoje é um bom dia Para estar viva   Para perceber que estou viva Para agradecer por estar