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Machismo estrutural | Quando a imprensa também exclui as mulheres

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EDITORIAL  O machismo na Imprensa Chris Herrmann Editora Não é novidade alguma, por mais que se negue, que ainda vivemos em uma sociedade patriarcal, que privilegia os homens nas mais diversas situações de vida. Claro que há séculos já foi ainda pior e muito mais injusto do que nos dias de hoje. Essa diminuição de injustiças contra a mulher só foi possível depois de muita luta, sacrifício e sangue derramado. Há mulheres que se dão satisfeitas pela situação atual, seja por falta de informação, seja por terem tido uma educação machista, ou por falta de oportunidade. Mas também há mulheres que sabem valorizar o que as mulheres do passado sofreram para que hoje possamos ter mais direitos e visibilidade que antes.  E é aí que o feminismo entra, não como um movimento que visa “humilhar” os homens, ou para ser o contrário do machismo. Não. O feminismo não se baseia nisso. O feminismo apenas luta para que haja igualdade de direitos. É muito triste que em pleno Século XXI ainda haja necessidade

Especial Música e Cultura | Cida Ajala

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  Especial Música e Cultura: Cida Ajala Maria Aparecida Ajala Jesus, nome artístico Cida Ajala , é compositora, integrante da Orquestra de Viola Caipira de Presidente Prudente, filiada à Associação Prudentina dos Escritores-APE e participante do Coral Santa Rita, onde serve a Deus no Ministério de Música. Integrante do PRENAP (talentos e produtos da Nova Alta Paulista). Atendeu como voluntária na creche Walter Figueiredo, ministrando aulas de musicalização infantil, durante 25 anos. Suas músicas são ouvidas em rádios e web rádios do mundo. Sua última homenagem aconteceu 30/10/18, quando foi homenageada por sua composição "A Batata Doce" pela Associação dos produtores de batata doce, pelo prefeito de Presidente Prudente, Nelson Bugalho, e pelo Presidente do Batatec, Luiz Rocha. - Cida Ajala teve participação na obra literária Músicas Caipiras de autoria de Luiz Barros, juntamente com os cantores Almir Sater, As Galvão, Tonico e Tinoco, Rolando Boldrin, Dino Franco, e outr

Cinco poemas de Márcia Machado | "Jogo-me na vida sem medida"

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  S. Hermann & F. Richter Cinco poemas de Márcia Machado "Jogo-me na vida sem medida" Bebido e Sentido   Café, boto fé além do sabor que pode variar ao gosto do freguês da cultura, da tradição forte, fraco, doce, amargo, o fresco que é quente desperta os sentidos levanta o astral aquece o coração. Pra quem viveu todo o processo do plantio à colheita pode descrever cada etapa: Florada branca o verde fruto depois vermelho pra finalmente seco, preto socado, limpo torrado, moído coado, bebido. Evoco memórias infância, adolescência, meus velhos pais, irmãos exploração de patrões… mãos congelando na derriça dos maduros frutos Verdade seja dita o café faz parte da minha história que posso chamar        BONITA!   Cheiros, Sabores e Amores   Aroma, substantivo masculino, desculpa aí, hoje versamos sobre os aromas femininos ah podem ser tantos! Sedutores, inebriantes, saborosos, higiênicos… Sabão, detergente, amaciante, água sanitária em mãos cansadas, que higienizam, envelhecem, s

Casamentos concretos e reais | Marilia Kubota

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  MOSAICO Coluna 23    –   Crônica CASAMENTOS CONCRETOS E REAIS por Marília Kubota Na semana que passou, um site de Curitiba publicou a notícia (e já retirou do ar) de um casamento que seria realizado na Ilha do Mel, com 300 convidados. O evento seria celebrado na ascensão do covid-19 no Paraná. Esta celebração lembrou um outro casamento, realizado na Bahia, em que a cantora Preta Gil se contaminou, logo no início da pandemia no Brasil. Se os ricos se contaminam, não há problemas. Dispõem dos melhores tratamentos em hospitais privados. O problema é o rastro de contaminação que deixam no local. Sem UTI e sem equipamentos adequados, se contaminados, os pescadores e suas famílias teriam que ser transportados às pressas para hospitais de Paranaguá. Para os noivos, só há o momento em que se equiparão ao Príncipe Harry e Meghan Markle, ou, para uma comparação com cor local, à Maria Victória Borgheti Barros e Diego da Silva Campos (quem?). Estes, em julho de 2017, para celebrar o sonho de

Quatro poemas de Raquel Lopes | "Roseiras"

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  Hans Braxmeier. Fonte: pixabay.com Quatro poemas de Raquel Lopes Roseiras   Eu Sou variada Prazer Mariana Vou maneirando E manejando Os dons na antiga loja de flores mágicas.   Sou de várias raças Flores copiosas Valiosas De diversas cordas De cores De amores   Espessas são Então meças Quanto vale Esta minha agricultura orgânica Das roseiras Mariana São minhas soberanas. Meu Advérbio   Pego-te a olhar para mim num interminável brilho que não tem fim não sei se devolvo essa mesma intenção que vejo pelos olhos da emoção As minhas flores são belas hoje e elas te querem e te amam mais do que se pode permitir admitir não vai te proibir de vir até aqui. Meu advérbio atualmente: Agora. Corinna-kr. Fonte: pixabay.com Jeitinho   Meu jeitinho está grudado e estampado no guardanapo está pintado no pano de prato está trabalhado no colar do meu quarto está rabiscado no papel do meu diário é dia quente, é manhã contente é vive

Dois poemas de Samanta Aquino | "A arte de ser mulher"

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  Jill Wellington. Fonte: pixabay.com Dois poemas de Samanta Aquino A arte de ser mulher Ser mulher é uma dadiva divina, É arte que nem o Estoicismo, O Barroco, o Renascentismo, o Modernismo, De verdade explica ou compreende. Leonardo Da Vinci pintou “Monalisa”. Vincent Van Gogh pintou a “Moça com brincos de perola”. Tão misteriosas e oblíquas. Mulheres, são poemas, fantasias, São vendaval, maresia, São o fim de tarde, a pura alegria. Também são dor, são melancolia, Pois nem tudo é rígido, Nem tudo consegue ser suportado, Nessas veias e neste coração sofrido, Que carrega mágoas do passado, Que carrega os amores que nem foram ditos, Só sentidos, em teu peito vividos, E por fim, adormecidos. Nos teus doces sonhos, Sonha em voar, mas já se prepara para a queda. Mulher é mesmo mãe que rege a natureza, A pureza, a firmeza... Dos dias calmos e tranquilos. Tudo pode parecer um mar de incertezas, Elas continuam caminhando, Fazendo os teus passos ter tua intrínseca beleza. “Olhos de cigana oblí

De Prosa & Arte | Sobre Pajelança e Griotagem

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Coluna 5 Sobre Pajelança e Griotagem No mês de novembro é muito comum lembrarmos Solanos, Gamas, Carolinas e mencionarmos Benguelas, Dandaras. Exaltarmos Zumbis e botarmos todos os pretos nas rodas de conversas e nas redes sociais. Como se esse diálogo não pudesse permear histórias e vivências de Janeiro a Janeiro.  Mas no meu NOVEMBRO NEGRO gostaria de destacar alguém de muita relevância para a minha história que acontece no aqui e agora. As pretas Comuns… a Nyra do Carmo, negra índia, 92 anos, vulgo minha avó. Sim, peço licença para lembrar que algum tempo atribuí e dei créditos a minha fixação por versos, músicas e palavras ao meu pai que é sim um grande leitor, mas não posso deixar de dizer que essa coisa toda com verso e prosa, a paixão e encantamento nas linhas e escritos surge ali na pajelança da minha avó. Ao preparar unguentos, garrafadas para curar os nossos machucados, sarar os vermes e abrir nosso apetite.    Essa loucura de botar poemas sem cessar vem também da sua energi