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Você conhece o Sarau Quinta das Artes?

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| coluna 02 | Sarau Quinta das Artes Nossa coluna é um espaço para conhecermos os projetos que vêm sendo desenvolvidos e realizados por mulheres. E hoje trago a vocês o Sarau Quinta das Artes , idealizado e coordenado por Carla Alves, no Rio Grande do Norte. Aproveito a ocasião para convidá-los a assistir  no dia 28 de janeiro às 19:00 horas, o último episódio da série de debates virtuais do "Especial Literatura em Casa", que abordará o "Mercado Editorial no RN e a projeção de seus escritores fora dos limites do estado". Esse evento é promovido pelo Sarau Quinta das Artes . E contará com a participação ao vivo de Jânia Souza, Jeovânia P., Antenor Mário e José Correia; e através de vídeo: Aluísio Azevedo Jr e Cleudivan Jânio. O debate ocorrerá pela plataforma YouTube, a partir do link: https://www.youtube.com/user/SESCRN . Para conhecer mos um pouco mais sobre esse projeto fizemos uma entrevista com Carla Alves. Que se define como:  “ Mãe de Natália

MulherArte Resenhas 03 | Escrever o luto: "O indizível sentido do amor" (2017) e "O coração pensa constantemente" (2020), de Rosângela Vieira Rocha

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  Escrever o luto: O indizível sentido do amor (2017)  e  O coração pensa constantemente (2020),   de Rosângela Vieira Rocha - por Eurídice Figueiredo Rosângela Vieira Rocha escreveu dois romances autobiográficos nos quais elabora o luto: em O indizível sentido do amor (2017) trata-se da morte de seu marido, chamado simplesmente de José, e em O coração pensa constantemente (2020), o foco recai sobre a irmã mais velha, que no livro recebe o nome fictício de Rubi, porque era uma verdadeira pedra preciosa. Em cada um dos romances, ao se colocar diante da morte, a autora rememora os últimos momentos, a doença, a vida pregressa daquelas pessoas que foram tão íntimas durante anos e agora jazem mortas. Apesar de saber vagamente da militância do marido durante a ditadura,   tem pouca informação porque ele não gostava de falar sobre o passado. Assim, já no primeiro capítulo de O indizível sentido do amor a narradora conta que viajou a Portugal para encontrar Alípio Cristiano de Freitas,

Coluna 06| Fala aí...Marli Dias Ribeiro (Brasil)

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                                        |coluna 06| ARRISQUE-SE A ESCREVER: escrever é não desistir de estar presente no mundo  Por Marli Dias Ribeiro (autora convidada)           Quando pensamos em um livro, geralmente imaginamos um conjunto de folhas impressas em papel. Nossa ideia de livro está associada ao material concreto, à técnica de impressão, a capa, ao desenho, à costura. Quando juntamos textos escritos à mão ou lemos no computador parece-nos fugir a materialidade do livro. Os tempos mudaram, temos hoje, E-boockers, Blogs, Vlogs, redes sociais, páginas e tantos outros escritos, diversos e únicos. Infinitas possibilidades...               Mas, creiam nem sempre foi assim! De onde vem o termo, a palavra "livro"? Ela vem da forma latina  liber , que era o nome da camada externa da casca das árvores, onde se escrevia antigamente.           Os livros nem sempre tiveram o formato atual. Foi durante a Idade Média que passaram a ter um aspecto parecido aos de hoje. Antigam

MulherArte Resenhas 02 | "Uma falha, uma falta, uma fissura"

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“Uma falha, uma falta, uma fissura” - por  Luiz Renato de Souza Pinto “O coração pensa constantemente” [1] , esta imagem me surge de modo epifânico no início do segundo ano desse pandemônio. Rosângela Vieira Rocha é de arribaçã, pois que vem das Minas Gerais para a capital federal, como Juscelino e muitos mineiros da gema: “Nos cursos de gemologia que fizemos juntas, no universo das pedras que tanto amamos, o rubi sempre foi a mais preciosa, a mais cara, a mais perfeita das gemas” (ROCHA, 2020, p. 194). Dentre as epígrafes encantatórias que fatiam a obra, destaco a última, de Adriane Garcia, “A tristeza é um sentimento que danifica os pulmões”. E a viagem, para mim, se inicia com a presença de Clarice, como uma dedicatória inserida a título de devolutiva amorosa, plena: “Quero que receba de novo o sopro de vida com que foi concebida” (ROCHA, 2020, p. 14). Clarice, como Luísa, sabia que “Nenhuma perda se parece com a outra” (ROCHA, 2020, p. 16). Narrando o aniversário de vinte ano

Coluna Façanha Feminina 01| Apresentação

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| coluna 01 | Coluna Façanha Feminina Apresentação  Olá, pessoal! Sou Jeovânia P., poeta, mestre em filosofia, idealizadora do canal “Literatura Feminina”, e organizadora de algumas coletâneas literárias femininas. Pensar a mulher na sociedade e na vida, na luta pela igualdade de gênero, na luta antirracista e direitos humanos. Estas questões que caminham comigo, assim como a literatura. E é por isso que, a cada dia venho focando mais um pouco na literatura feminina, visto que ela é uma forma de abordar estas problemáticas complexas. Pois, adentra tanto as questões históricas, quanto a defesa da mulher em todos os espaços, e sua vivência nos variados aspectos da vida. E ao mesmo tempo, todas essas inquietações cabem ali dentro de um poema, e se expandem nos versos. Então, é com esse espírito de abordar o lugar da mulher na sociedade e na literatura que esta coluna vai buscar apresentar a vocês o que as mulheres andam idealizando e realizando por aí. Logo, divulgaremos os projetos que

Coluna 01 | Mulherio das Letras na Lua - Apresentação

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coluna 01 Apresentação da nova coluna MULHERIO DAS LETRAS NA LUA A lua é relacionada à mulher e vista como entidade feminina desde o início dos tempos. Ao influenciar a natureza, as marés, e o nosso corpo, em suas diversas fases, ficamos à sua mercê, quando o quisito é emoção e sensibilidade. Desde as crendices populares, ciência, misticismo, filosofia, literatura, entre outros, a sua grandeza, luminosidade, magia, explendor e mistério, há séculos seduzem, inspiram, instigam e nos conduzem. A poesia tornou-se a ponte entre nós, simples mortais e essa divindade que ainda hoje, tentamos conquistar. A mulher ainda não chegou com os pés na lua, mas com certeza a nossa cabeça, sentidos e imaginário há séculos coabitam nesse território tão íntimo de cada uma de nós. Pensando nisso, e em todas as expressões relacionadas à lua e a mulher, foi criado por Chris Herrmman o grupo no Facebook Mulherio das Letras Na Lua ,  somente para produção poética em língua portuguesa. Esta coluna, tem o intuit

Divina Leitura | A palavra vencendo a clausura: uma leitura de "Cicuta e cilício" de Jeanne Araújo

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  Coluna 15 A palavra vencendo a clausura: uma leitura de Cicuta e cilício de Jeanne Araújo - por Divanize Carbonieri Cicuta e cilício  (Penalux, 2021) de Jeanne Araújo é um contínuo monólogo amoroso, monólogo que se queria diálogo, mas que, sem encontrar as respostas desejadas, retorna ciclicamente para sua emissora. A voz poética que ecoa nesses poemas ressoa a de Mariana Alcoforado, freira a quem são atribuídas as Cartas portuguesas , publicadas inicialmente em 1669. Nessas cartas, um eu feminino se dirige ao amado distante, ora com esperanças de voltar a vê-lo, ora convencido da irreversibilidade do abandono. O livro de Araújo apresenta a mesma dualidade. O êxtase amoroso se confunde com o desamparo, dois sentimentos que causam uma sensação constante de delírio ou frenesi na subjetividade que ali se expressa. A continuidade já mencionada se refere à presença constante da mesma voz, que, de poema em poema, expõe seu drama interno ao mesmo tempo em que tenta uma interação com o ob