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UM CONTO DE HENRIETTE EFFENBERGER | Projeto 8M

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(fotografia do arquivo pessoal da autora) 8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje é dia de 'viajar' neste incrível conto da escritora  Henriette Effenberger : AÇÚCAR E CRAVO-DA-ÍNDIA   (Henriette Effenberger) "A moranga é conhecida cientificamente como Cucúrbita máxima, Duschene, Dicotyledonae, Cucurbitácea. Originária da América do Sul, a abóbora-moranga já era produzida por civilizações pré-colombianas. Planta rasteira com folhas arredondadas verdes, sem manchas; o pedúnculo do fruto é esponjoso, cilíndrico e não se abre ao atingir o fruto. As folhas são semelhantes às da abóbora rasteira [...]. Fruto com casca alaranjada e polpa

Cinco poemas de Carolina Miranda | "A grande roda se abre"

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  Imagem de msandersmusic por Pixabay.   Cinco poemas de Carolina Miranda "A grande roda se abre" Marina Marina tens o dom de cuidar dos animais com amor Pôr um girassol no cabelo faz sua alegria És determinada nos estudos A matemática a faz estudar com empenho O ditado na sala de aula tira de letra Tens os olhos da vó Miriam A simplicidade de sua mãe Giza Ama seu irmão Zé a todo instante Paninho a faz rir a todo instante Teu sorriso ilumina os dias de todos Érica Enfermagem luta Dormir e pensar no plantão que passou e o que virá Encaminhar, orientar Supervisionar, motivar Na faculdade os mestres com suas histórias Fazem a mente dos futuros enfermeiros Produzir ideias humanizadas Ao formar vê o quanto cresceu Durante os estágios Ir atrás da especialização até o doutorado Hoje o desejo é: Aprova a PL 2564 Para organizar, valorizar O trabalho da Enfermagem Imagem de Pexels por Pixabay.   A índia passa urucum no rosto Seus olhos negr

Jeovânia P. comemora um ano do seu canal e selo Literatura Feminina

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  A literatura feminina cada dia mais vem ganhando força, nos últimos anos com a criação do Mulherio das Letras e sua disseminação, pelo país e fora dele, vem provocando uma revolução literária, que presa por evidenciar uma literatura que por séculos foi invisibilizada , isto é, a produção literária feita por mulheres. Crescemos em um mundo que defende uma sociedade falocêntrica, embranquecida e preconceituosa, sendo assim, a tomada de consciência da nossa potencialidade transforma essa realidade preestabelecida. Quando mulheres que escrevem se reúnem e juntam forças para mostrar para o mundo que suas escritas são potentes, e que elas estão aqui para ficar, adentramos a uma nova Era. Que como bem coloca nossa matriarca, Maria Valéria Rezende, horizontaliza o espaço literário, dando assim uma nova forma à literatura, uma onde todas as escritoras podem se sentar a mesma mesa e debaterem como iguais, independente de serem iniciantes ou com longos anos de estrada, todas em uma mesma caminh

De Prosa & Arte | Por onde andei com a Literatura

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  Coluna 37 foto de acervo pessoal Por onde andei com a Literatura Eu sempre quis escrever. E de fato, não imaginava o quão longe eu caminharia, nos trançados que fiz entre as letras e os números.  Fui sempre mais ligada às letras, achava muito interessante a descoberta e a decodificação desse tal Alfabeto. Com os números travei brigas homéricas, pois ser sempre exata me causava um certo desconforto. Com as palavras, eu podia recriar outras lógicas, signos, mundos... Até que na adolescência me encantei pelos Astros e então comecei a calcular meus caminhos me guiando pelos corpos celestes e pelos cálculos possíveis da Numerologia. Não sou uma expert ou profissional, apenas uma amante desse Universo de possibilidades que dão significâncias a minha trajetória. Dois anos após escrever um poema chamado "Numerologia" que está na página 51 de uma boa ideia (meu primeiro livro publicado), o sonho se concretizou.  51 em sua soma é 6, número que rege o vil metal. Um signo numérico ex

MulherArte Resenhas 11 | "Virgínia" de Stéfanie Sande: estratégias de desarmamento - por Eduardo Mahon

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VIRGÍNIA DE STÉFANIE SANDE: ESTRATÉGIAS DE DESARMAMENTO  - Por Eduardo Mahon Vamos falar um pouco mais sobre o romance Virgínia , de Stéfanie Sande. Deixo assinalado que o livro pode ser uma grande descoberta, sobretudo no público mais jovem. O amor entre duas garotas é tratado sem a costumeira bandeira levantada, sem o rancor típico das resistências entrincheiradas. Considerando a leveza oriunda da naturalidade da relação, o enredo não sublinha aspectos traumáticos. Sim, é possível tratar do lesbianismo (e outras tantas emergentes pautas sociais) sem o recorte do conflito e do sofrimento. Nem por isso a obra será menos profunda. Em termos de narrativa, fiquei muito satisfeito ao ver a mudança de marcha no segundo terço da narrativa. A troca de vozes aponta para o amadurecimento da escritora. Não é fácil e não é comum ver essa alteridade realizada com sucesso. Em geral, quando não há planejamento, o livro fica sem pé nem cabeça. Virgínia nos oferece a dupla perspectiva, sem perder a l

Seis poemas de Thaíse Santana | Mulher-Palavra

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  Imagem de StarzySpri nger  por  Pixabay . Seis poemas de Thaíse Santana Mulher-Palavra Buenos Aires A cidade que dá as costas ao seu rio me sorriu e abriu os braços. De cortar o coração O som do violino corta meu ouvido corta meu sentido corta meu coração. Imagem de Si vonSasson por Pixabay.   Saudade grapiúna Para Ton, meu irmão eterno A felicidade corria pelas roças de cacau como era doce o fruto verde saboreado em boca preta pequena o tempo correu depressa e levou tudo embora sobrou o cacau maduro a amargar minha saudade. Preta Poeta Passo horas remendando palavras costurando versos imprimo meu corpo na tessitura do verbo que vai tingindo de preto a poesia dos meus sonhos. Imagem de Ganossi por Pixabay.   Mulher-Palavra Para minhas mais velhas Te leio me reconheço entre um verso e outro um silêncio profundo a palavra pulsa escrevo e na contramão do mundo me alimento de versos e sonhos. A cura Quando me descobri água lavei meu corpo a minha casa te arranquei de mim