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"PERMANÊNCIAS OUTONAIS SOB O SIGNO DA LEVEZA", ARTIGO DE ISABEL CORGOSINHO

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  livro Permanências outonais , de Vania Clares PERMANÊNCIAS OUTONAIS SOB O SIGNO DA LEVEZA sobre o livro "Permanências outonais", de Vania Clares                                                          por Isa Corgosinho             Ao final da leitura do livro de Vania Clares, veio-me a vontade de sistematizar questões que fui anotando durante a leitura. Assim, deixo aqui registrados os meus devaneios interpretativos de suas Permanências Outonais.     A prosa poética de Clares deixa entrever em suas fontes a ambivalência das personagens femininas de Clarice Lipector.   Com essa chave genealógica, ousamos mergulhar no processo de estranhamento intencionalmente construído numa temporalidade, cuja noite tem a mesma duração do dia. O resultado é o mergulho conjunto no equinócio intensamente vivenciado pela constante alteração do estado de consciência da personagem outonal. A gangorra do tempo malbaratado situa esse romance entre aqueles dinâmicos e interativos, também ad

A ESCRITA DE GIOVANA DAMACENO | Projeto 8M

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  fotografia do arquivo pessoal da autora   8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na palavra sempre impressionante de GIOVANA DAMACENO : 1) SEM FILHOTE imagem via Pinterest  Uma amiga me perguntou como está o ninho vazio.  (Pra quem não sabe: é quando os filhos vão embora pra assumir seus próprios encargos neste mundo e a casa fica de um jeito que toda hora é nó na garganta.) Minha resposta ficou vaga, confesso. Não sei explicar claramente o que sinto sobre essa ausência. Não me vejo como a mãe que a sociedade considera normal, aliás, nem meu filho me vê dentro da caixinha. A educação dele foi libertária, com base em amor, respeito e libe

SEIS POEMAS DE MARIA GABRIELA CARDOSO | LUA PINKHASOVNA

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  fotografia do arquivo pessoal da autora   CAFÉ DE AMANHà   Pão na chapa enche de açúcares os vasos sanguíneos do burguês ao acordar  de açúcares padece o corpo cansado sem pão na chapa na mesa ao levantar    Frutas fornecem nutrientes essenciais, lipídeos e vitaminas que enchem o cérebro de energia;  uma uva, uma manga, uma banana trocam de preços todos os dias no mercado:  a saciedade está tão cara comprar!   Mas o pão, o pão têm simbolismo divino  na alimentação foram multiplicados, são o corpo de Cristo  cada pedaço fora dividido após terem sido ungidos  em suas santas bênçãos   Hoje, à mercê do Estado que não é divino, nem pai, nem democrático, o pão, de tão caro contrasta desigualmente com miseráveis salários condenando à inanição!   O pão divide o burguês do proletário; enquanto a mão de um estica-se  para no miolo algo ali passar  outras, juntas, rezam à noite  para quando, no café da manhã  do amanhã, o estômago logo acordar.  -*- CALIGRAFIA    Eles verão que eu inverno e qu