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A PALAVRA, EM PROSA OU POESIA , DE JAQUELINE CONTE | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na palavra cativante - para crianças ou adultos, em prosa ou poesia - de JAQUELINE CONTE : PASSARINHO ÀS OITO E POUCO (...) - Faz uns dez dias. Numa manhã como esta, um passarinho azul apareceu do nada aqui em casa.  Ele tentava entrar na sala da frente e dava de cara no vidro da janela. Batia, voltava um pouco, sentava-se na tela de proteção pra pegar fôlego e voltava a se jogar contra a vidraça. Uma, duas, três... dez vezes. Depois desistiu e foi embora. - Tadinho! E o que você fez enquanto ele se batia, mamãe? - Fotografei. - Só isso? - Não. Também fiz u

Para não dizer que não falei dos cravos 04 | Oito Poemas de LUÍS AUGUSTO CASSAS

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  Para não dizer que não falei dos cravos (04) Oito poemas de LUÍS AUGUSTO CASSAS, em: "PARALELO 17" O MESTRE DO NÃO FAZER (p. 19) jamais construí caminhos filosóficos jardins de pedra casas de tijolos amarelos institutos de sabedoria nuvens descalças nem adestrei pumas para reverenciar cerejeiras mas o vento em sua dança de sopro e arrebentação  lançou palavras e fragmentos de letras que arrumei nas páginas em branco com a ajuda das varetas de caule de milefólio de I Ching concluído estava o não trabalho e falaram as estações: não tema ficar só e retirar-se  do mundo  e quanto eu menos fazia mais o vento soprava e os poemas se desenhavam -*- VARIAÇÕES 33 (pp. 29-30) A vida inteira  fui feliz secretamente feliz sem que traísse o segredo aos que me proclamavam  incapaz para a proeza A felicidade foi um barco que naveguei calado descrente de bússolas  e cartas de bordo confiante nas estrelas e nos sinais das gaivotas As variações 33 do demasiado humano riscaram a carne da água 

A POESIA DILACERANTE DE CINTHIA KRIEMLER | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Leiamos a poesia dilacerante de CINTHIA KRIEMLER : UM DIA SEREMOS TUDO ISSO  um dia faremos silêncio seremos pausa como as coisas gêmeas colocadas sobre as mesas de centro, sobre as estantes altas em salas nobres e intocadas.  pares perfeitos, banhados pelo sol que escapa pela fresta da persiana discreta seremos para sempre mudos inertes parelhos e empoeirados como as matrioskas os elefantes os macacos os candelabros de prata teremos esquecido como é amar — esse praticar de infinitos em pequenos gestos e não saberemos dizer qual foi o instante em que cessaram riso, a

A POESIA MARCANTE DE ELIANA CASTELA | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na poesia marcante de ELIANA CASTELA : REALIDADE   Quando a realidade é crua O imaginário ferve os fatos Cardápio que alimenta a fome Devora e esvazia os pratos Ferve os fatos. Alimenta a fome. Esvazia os pratos. Realidade crua. (* poema publicado na Folha Cultural Pataxó Gambiarra Profana , janeiro/2020) imagem do Google  -*- EU RIO Eu parada e o rio corre em mim, nas veias e no intestino. O pensamento em banzeiro. Então sou rio, rio inteiro, repleto de meandros, balseiros, lama e hoje, lixo. Corre em mim o rio Acre, de navegantes indígenas, um novo Acre de