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Mostrando postagens com o rótulo Crônica

A POESIA E A PROSA MARCANTES DE KÁTIA BORGES | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Navegue na palavra marcante - em poesia ou prosa - da grande escritora KÁTIA BORGES : A LUA E A NOITE Fuga. É só no que penso. Um ponto, pêndulo, no qual se dependura a vida toda. Ainda criança, lendo Poe. As letras escorrendo, veias adentro. Caminhos de estranheza veias adentro. A vida toda lendo, dependurada em um pêndulo. A vida toda trancada fora, por dentro. (* poema publicado no site antoniomiranda.com.br , dezembro/2009) imagem do Pinterest   -*- A DOR FANTASMA   Tenho as mãos vazias e horizontes perdidos. Meu coração vai onde a vista não alcança. Meu coração

A PROSA E A POESIA DE MARIA VALÉRIA REZENDE | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Viaje pela palavra múltipla - em prosa, poesia ou hai-cai - da imensa escritora MARIA VALÉRIA REZENDE : CLICHÊ Esta história só poderia começar no ponto em que começa porque já se sabe que as famílias felizes não têm história.  Fernando achava sua família uma das mais felizes, até chegar, ontem, como sempre, por volta do primeiro intervalo da novela das oito, levemente enfadado, levemente embriagado, direto da happy-hour prolongada para o jantar que a mulher já deveria mandar servir. Mas em lugar de estar à sua espera, enfiada no penhoar de grife, diante da televis

A PALAVRA MARCANTE DE CLARA ARREGUY | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Viaje na palavra marcante e, tantas vezes aventureira, de CLARA ARREGUY : 1)   "(...) Histórias, memórias, lembranças, alforjes cheios de lições aprendidas, vazios de inutilidades deixadas pra trás. Xô, sentimentos pequenos e pobres, xô, fantasias do passado, anseios de ser o que nunca será, de ter o que nada lhe trará paz, de resgatar o tempo perdido - como perdido, se tudo que fez e foi concorreu para trazê-la até aqui, ao alto desta manhã ensolarada em que um banho de mangueira e uma dúzia de paraguaios, a deliciosa fruta importada sabe Deus lá de onde, vão l

Pés Descalços 09| Quando o coração bate mais forte

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  Quando o coração bate mais forte Meu filho, pela primeira vez, foi a um velório: pediu para ir. Quis representar suas irmãs, que estavam fora de Cuiabá, dar um abraço no amigo delas que perdera a mãe. Aos seis ou sete anos de idade, não me recordo bem, perdi o avô materno, que estava desenganado há meses. Esteve em nossa casa entre uma lamúria e outra, daquelas idas aos hospitais, até o finado dia em que não saiu mais da rede suspensa entre as paredes e o telhado. Havia uma mesa marrom em madeira compensada no formato retangular com gravuras que lembravam os nós de uma árvore, e as cadeiras soltando os parafusos, faziam o jogo de uma mesa de jantar. Era um lugar reservado para visitas, conforme o gosto autoritário de minha mãe. Em uma daquelas manhãs, por volta das nove horas, um pássaro sobrevoou o quintal e pousou na janela, ao lado da rede. Nesse mesmo dia ele se foi. Primeiro o pássaro, depois meu avô. Mamãe ao ver o mensageiro da morte tratou de espalhar a notícia. Logo de