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Mostrando postagens de maio, 2021

PALETAS DA ALMA/ POESIA: APRESENTE-SE A SI MESMO POR GABRIELA LOPES

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Coluna 01 Paletas da Alma - Estreia Quero primeiramente agradecer o convite da querida Chris Herrmann  em poder fazer parte desse lindo espaço da Revista internacional Ser MulherArte. Fico muito honrada e feliz.  Minha primeira coluna será um poema da minha autoria. Seguirei nesse espaço contribuindo  com as paletas da alma.  Às vezes as cores dela são vívidas, às vezes são misturas diversas ou apresentam turvação e, de um modo geral, são parte das acontecências em estar vivo. Apresente-se a si mesmo É diferente sim. Sempre foi... Desde anos remotos... Na volta do trabalho fazia poesias no ônibus, O rascunho do celular era pergaminho, as curvas do caminho faziam jorrar letras. É diferente sim. Como quando criança escrevendo doces linhas do que pensava saber da vida. Mesmo não sabendo absolutamente nada, acreditar que possuía entendimentos, fazia brotar rimas e confiança. É diferente sim, quando choro pelo amor amado pelo abraço bem dado, pela alegria do b

Preta em Traje Branco | Giro Noroeste de Valéria Mendonça

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Coluna 27 Fonte aentrudeiranaescola.blogspot.com Giro Noroeste de Valéria Mendonça Em tempos de pandemia O que fazer em casa sem companhia? Talvez arrumar os armários? Limpar em cima da geladeira? Jogar as tuppeware sem tampa fora? Tirar o pó dos livros Talvez até ler aquele romance Que você comprou a mais de uma década E ainda não teve tempo de ler Andar pelo o quintal Mexer naquele vaso Plantar uma rosa Lavar os cabelos , depilar as pernas Pintar as unhas...ufa Tudo isso sem culpa Sem pressa Parar na janela olhar a lua Olhar no espelho E ter orgulho do que está vendo Pois a mudança Vem de dentro   ************************** O mais difícil desse Distanciamento social E saber que não terá COLETIVO NÓS DA VIELA Crianças correndo Nem som montado no quintal No SAMBA DO CONGO não terá ENCONTRO DE COMPOSITORES onde celebramos juntos dos amigos Com sambas autorais e muitos sorrisos Nem LUZ NASCIMENTO preparando a feijoada Enquanto rola a batucada Meus

De Prosa e Arte | Conto Crônica de Intenção - Final

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Coluna 32 Conto Crônica de Intenção Final Outra vez, ouso entrar na seara dos contos pra finalizar um sopro que deixei em suspenso. Podem ver como surgiu na coluna do dia 26/04/21. Eu ainda não estou certa de ser realmente boa com isso, mas hoje Marina voltou pra me contar da alegria de ser e estar com seu corpo. E que suas aventuras e desventuras não precisam dos bloqueios, freios ou juízos de imposição masculina. Então, deixei que me ditasse sua  liberdade . "Marina sentiu que seu corpo era carregado às pressas. Sentia um chacoalhar incômodo. A cabeça pendia e ouvia ruídos de vozes ininteligíveis.  De repente sentiu seu corpo repousar num leito firme e o estado de torpor se acentuou. Os seus sentidos apagaram-se. Caminhando sob a neblina "manhecedora", sentindo o orvalho molhar os pés descalços Maria semi cerrava os olhos aos primeiros raios solares. Ali logo adiante o viu sentado em uma esteira colorida dedilhando a harpa. Sorriu. Apressou o passo para encontrá-lo. Di

Lançamento da antologia "Velhas Sábias" onde _mulheres contam histórias de mulheres.

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Lançamento Quase todos conhecem uma velha sábia, a mulher que atravessou anos fazendo coisas espetaculares como, por exemplo, viver à vida da melhor forma que possível, nas circunstâncias que se apresentassem, num país que não tem olhos para a força feminina. Velhas Sábias – Um tributo às que vieram antes de nós junta um punhado delas, numa antologia organizada pela escritora Fátima Soares.  O livro, que reúne 27 escritoras de sete estados brasileiros, terá lançamento nacional virtual na próxima quarta-feira, dia 26, às 18h, com transmissão pelo canal Projeto Velhas Sábias, no YouTube. As escritoras – e algumas das velhas sábias que ainda estão entre nós - participarão da festa, com a presença de Maria Valéria Resende, a inspiradora do movimento Mulherio das Letras, e da organizadora. A conversa será mediada pelas escritoras Leila Santos e Sofia Leal. Editada pela Ipanec, sob o selo do Mulherio das Letras, a antologia foi idealizada, inicialmente, no Morro da Conceição, em Recife, qu

Preta em Traje Branco | Um passeio no Atelier de Lelé Gomes

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Coluna 26 Um passeio no Atelier de Lelé Gomes A vida é de ser encontro. As múltiplas linguagens que traçam intertextos com a poética da existência. Lelé Gomes é uma multiartista. Uma criatura adorável no jeito, no trato e no fazer. É das descobertas multicolores, que imprimem versos visuais na paredes, papéis, mentes, no intangível, na virtualidade. Essa miscelânea cósmica do ser mulher e traduzir em Arte o olhar candura para o mundo. Conheçam essa deusa. A PTB abre espaço para seus versos mistos de aquarelas, traços, lastros de negritude e benção. Seja Bem Vinda Lelé!  Por  Guiniver “Ninguém é obrigado a concordar”, 2021. Desenho em papel A4 (297x210mm), 150 m/g², canetas marcadores à base de solvente.    A ilustração é um autorretrato que surgiu de uma conversa com a psicóloga sobre a conjuntura política atual, por não aceitar o negacionismo diante de tantas mortes no Brasil e minha adesão a greve pela vida. Lelé Gomes (...) Eu, ora artista, ora bruxa alquimista Sorvo a mistura de ca

Livro "Lumen Há" de TAI | Fogueira poética ressignifica essência da vida

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  Livro Lumen Há de TAI Fogueira poética ressignifica essência da vida Queima, ilumina, aquece. Mais que um elemento da natureza, em Lumen Há , o fogo possui significações que vão além da percepção comum. A chama representa o amor-próprio que ilumina o processo de autoconhecimento e busca pela essência de cada um.  A fogueira poética composta pela escritora, roteirista e dramaturga carioca Tônia Tinoco, ou Tai, como prefere ser chamada, é repleta de analogias entre pessoas e a natureza, duas paixões da autora. Se o ser humano é fogo, os tropeços da vida são baldes de água fria que caem quando menos se espera.  Durante a produção do lançamento, Tai se imaginou sentada ao redor de uma fogueira com leitores ditando poemas de seus corações. É possível identificar na escrita da autora referências de Jorge Amado, Fernando Pessoa, Mia Couto e Clarice Lispector, nomes que a inspiraram ao longo dos 52 anos como leitora.  A obra transborda sentimentos e reflexões sobre os recomeços e renascimen

Prosa Poética | Parece Mentira, por Jeane Tertuliano

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|Coluna 05| Parece mentira, mas ainda hoje, nós, mulheres, estamos sujeitas a inúmeras críticas pelo simples fato de sermos quem somos e buscarmos independência. Parece mentira, porém, o batom vermelho estampado nos nossos lábios, o dito cujo que é sinônimo de sensualidade, também é o mesmo que aos olhos da pequenez de determinados indivíduos, nos delimita vulgares. Parece mentira, no entanto, homens são tidos como superiores. Séculos se passaram, a sociedade patriarcal permanece imune às lutas das minhas irmãs. Até lançaram-nas ao fogo por temerem o fulgor em suas veias. Bruxas! — Os infelizes vociferaram ante as chamas da injustiça consumindo as vítimas. Parece mentira, contudo, fomos e somos assujeitadas ao bel-prazer de monstros depravados que têm o intuito de nos aniquilar. E sim, nosso sentir aflorado por vezes é explorado de forma indevida. O amor entre os sexos seria uma utopia? Nada justifica tamanha crueldade para com mulheres que se entregam de verdade àqueles que acreditam

De Prosa & Arte | Despertei em versos pra te poetizar na Aurora

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Coluna 31 Despertei em versos pra te poetizar na Aurora Outra vez, ouso entrar nas linhas e entrelinhas dessa relação sem rótulo e sem título, p ra lhe dizer que ontem despertei em versos na claridade visível da janela do sexto andar. Despertei em versos na Aurora Boreal pra te dizer que essa ousadia de te poetizar, talvez esteja na mania de refletir afetos: coisa recorrente na minha breve andança pelas estradas escritas de música e poema. Ao me deitar, escolho corpos-poemas para penetrar as paisagens oníricas do meu universo paralelo, para acalentar meus sonhos, iluminar o céu  do meu inconsciente c om cores que variam entre o cor-de-rosa e o laranja. A s minhas brumas. T alvez seja saudade, e ssa loucura de te olhar em fotos, d e te mirar de longe e s orrir sozinha. Ou quem sabe ainda deixar salgar a estrada-pele do meu rosto, com medo de lhe esquecer o gosto. A melhor parte de despertar esses versos, é poder ter no alcance duma manhã que se desenha, um voo lúdico-poético no