CINCO POEMAS E UMA PROSA POÉTICA DE IVA FRANÇA
fotografia do arquivo pessoal da autora CRÍVEL Porque escrevo e sou capaz De apontar o dedo Para meus próprios anseios Também tenho vontade De negar sua veracidade e devaneios Porque escrevo Não quero que duvides Nas histórias descabidas Apontadas no fio das linhas. Muitas vezes não são fingidas Porque escrevo Me deixe no sossego adormecido Sei que te parece inverossímil Palavras tortas Numa pele de pêssego Mas, porque escrevo E pareço um inventário dândi Não significa que detenho toda a razão É que deambulo vivência Para dar vazão ao verbo De um todo libertário. imagem do Pinterest -*- CAROLINA, MARIA, JOANA Carolina acorda às quatro horas da manhã Vê o amarelo-alaranjado do crepúsculo Por cima do zinco do barraco Não tem café para coar Maria toma o trem das cinco O estômago amarrotado pelo suco, O gástrico, da noite anterior Não teve café para coar Jo...