Isabel Furini & Luciane Valença | 5 poemas 5 telas
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Atitudes femininas Desenterrar os álbuns de fotografias e triturar com os dentes as lembranças dolorosas mastigar os rancores com gestos de troglodita matar velhas ilusões como os santos e os eremitas pendurar nas cortinas de crochê as sombras da eterna mágoa e dos antigos amores para que a luz do Sol elimine o mofo e as traças que se alimentam das lembranças e das emoções renascer como a ave Fênix – livre, cofiante e decidida a iniciar uma nova fase da vida. Luciane Valença A voz do feminino Nesta época a luz recua e é de tule a Lua e o Sol é de veludo dourado e enceguece às mulheres enquanto a Lua resplandece e fala : é preciso que o eterno feminino seja transformado em um sino e que vibre nas gargantas é hora de reunir forças uma nova Idade Média está batendo à porta é preciso defender com força a premissa “nenhuma mulher deve ser submissa!” Luciane Valença Frágil? Os corvos do oca