Um passeio poético com Helena da Rosa - Cinco poemas
"Romance" -Luciane Valença QUANDO NASCE O POEMA Dão-se as linhas às mãos, os poemas: um vício Sôfregos lábios palavras a dizerem-se mistérios Damo-nos à perdição e o amor é esse poema urgente sempre querendo nascer. "Amor não é palavra" - Luciane Valença DE AMORES E GIRASSÓIS Em algum lugar dormia o Tempo: sangrava no olhar o peso das penas Giraram sóis: olhares e palavras alinharam-se no horizonte Pétala a pétala Palavra a palavra sob asas leves aninhou-se o poema Girando-nos dentro o súbito desejo de voar ao sol. "Reconstrução" - Luciane Valença TEMPLO Alma e mãos feridas (a)dentro o Templo sagrado de mim Procuro em cada prece o motivo: o início o meio o fim (?) Mãos e alma (ex) postas rezo a vida. POESIA Atravessa-me assim a Palavra: ave migratória em busca do melhor Tempo do melhor caminho tornando sondáveis os Mistérios