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Divina Leitura | Temporada de infantojuvenis em Mato Grosso

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  Coluna 17 Temporada de infantojuvenis em Mato Grosso Nos meses pandêmicos, entre 2020 e 2021, a literatura produzida em Mato Grosso, em franca efervescência, viu também um florescimento de infantojuvenis. Neste post, apresentamos oito dessas obras. 1) Elvis e Lola: um mundo coelhado - Texto e ilustrações de Neide Silva (Editora TantaTinta). Sinopse: Elvis e Lola são um coelho e uma coelha muito diferentes um do outro, mas, mesmo assim, constroem uma linda história. Conhecer novos gostos, hábitos e situações pode ser muito interessante. Temas: diferenças culturais, aprendizado, respeito e tolerância pelo diferente. Link para a compra:  https://www.tantatinta.com.br/livro/elvis-e-lola 2) TROA - Texto de Alicce Oliveira e ilustrações de João Paulo de Oliveira Carmo (Umanos Editora). Sinopse: Onde está sua força interior? Troa te convida para uma jornada entre céus, terras, mares e montanhas. Com coragem e sabedoria, a jovem Troa descobre que o maior bem habita dentro de si. E que é n

Preta em Traje Branco | Sonhos e Voos Interrompidos por Lu Amor Spin

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Coluna 29 Orange Fox by Pixabay Sonhos Como pássaros voaram sem destino O vento os levou para bem longe Talvez... ficaram perdidos no tempo,  em algum lugar, esperando o momento certo para voltar. Imersos,  em meio a correntezas nas ondas do mar. Renovando-se nas cachoeiras,  aguardando para voltar. Um novo mundo, uma nova vida. Um novo começo, um recomeço. Ressurgido das cinzas,  o sangue volta a pulsar. O vento que o levou, o trouxe de volta. As águas que o afundaram,  o fizeram emergir, voltou com mais força. O que estava morto ressuscitou, agora reluz. Sonhos. ****************************** Giani Pralea by Pixabay Voos Interrompidos   Vidas interrompidas Por uma bala perdida. Perdida não, genocida. Atrocidades silenciadas Vidas ceifadas. Sonhos interrompidos, enterrados. Pelo braço armado do estado. Trajetórias atravessadas pela morte. 1, 2, 3,4 tiros para o alto, não é um assalto. Atitude suspeita, frase perfeita, agem na espreita. Mais um voo interrompid

Resenha 'afetiva' do livro O VOO DA GUARÁ VERMELHA, de Maria Valéria Rezende

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(capa do livro 'o voo da guará vermelha') O AMOR FEZ NINHO NAS ASAS DA GUARÁ VERMELHA (por Nic Cardeal) "(...) que o amor não é assim, o amor é como menino que não sabe fazer contas nem de perda nem de ganho, vive desacautelado, não tem lei, não tem juízo, não se explica nem se entende, é charada e susto, mistério (...)"  (Maria Valéria Rezende, 'o voo da guará vermelha', pág. 60) Em O VOO DA GUARÁ VERMELHA (Rio de Janeiro: Alfaguara/Objetiva, 2014, 2ª ed.), Maria Valéria Rezende conta a história de um sentimento genuíno, marcado pela dor e desesperança, resistência e fragilidade, na miséria revelada por seus protagonistas, dois anônimos perdidos no meio da multidão da cidade grande, que se descobrem pertencentes ao mesmo [e verdadeiro] sentido do amor, da recuperação e da possibilidade – ainda que efêmera e tênue – da felicidade. Os dois se cruzam por um 'suposto' acaso, que salva e transforma profundamente suas vidas:  Rosálio – um homem do sertão,

De Prosa & Arte | Se o amor acaba antes do fim, lavou tá novo?

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Coluna 34 congerdesign por Pixabay Se o amor acaba antes do fim, lavou tá novo? Era só um dia comum, como tantos outros, as roupas na máquina, o cheiro do amaciante. Um dia como outros, sem muita perspectiva. Vinha sendo assim há tempos. Desde que desencontrei o amor-par. Agora era só autoamor, ânsia de reinício, sem vício.  Era só mais um dia comum, como tantos outros. Nos pratos, o resto do jantar de ontem, as taças por lavar, o dia amanhecendo pela janela descortinada da varanda . Era eu recolhendo as roupas que se espalharam pelo chão da sala na noite anterior. Era você no banho, tecendo seus hábitos matutinos sem se apegar muito à minha presença. Era a porta se fechando atrás de nós, o barulho do motor do carro, a volta para casa, meu choro interno e confesso: mais uma frustração dos meus devaneios. Era mais um dia comum, como tantos outros. Era sua chegada, sua presença. Éramos nós, nos perdoando corpo a corpo sobre os lençóis e depois de satisfeitos, travando mais uma batalha e

Preta em Traje Branco | A plástica poética de Arleide Nascimento

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   Coluna 28 Free-Photos by Pixabay A plástica poética de Arleide Nascimento Depressão   Ouvi demais que era frescura Mas o tratamento foi feito A minha dor só eu sentia Frescura foi sua falta de respeito   Quantas vezes surtei Achando que iria morrer Precisava de um diazepam Um rivotril para sobreviver   Eu não queria ver ninguém O negócio foi bem sério Era tanta dor em mim Eu quis acabar com o flagelo   Sem resposta para o sofrimento Encontrei uma saída Tentei cortar os pulsos Para me livrar da agonia   Não tinha vontade de mais nada Nada mais tinha sabor O meu dia era todo sofrimento E a minha noite era terror   Eu não sentia mais nada Nem frio e nem calor Ficava deitada embrulhada De baixo de um cobertor   E o que eu ouvia era bem triste Era para eu deixar de manha Que depressão é doença de rico Para eu levantar daquela cama   O sofrimento para mim só crescia Doía, doía e doía Meu Deus que desespero!!! Quan