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Mostrando postagens com o rótulo Conto

A PROSA E A POESIA DE MARIA VALÉRIA REZENDE | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Viaje pela palavra múltipla - em prosa, poesia ou hai-cai - da imensa escritora MARIA VALÉRIA REZENDE : CLICHÊ Esta história só poderia começar no ponto em que começa porque já se sabe que as famílias felizes não têm história.  Fernando achava sua família uma das mais felizes, até chegar, ontem, como sempre, por volta do primeiro intervalo da novela das oito, levemente enfadado, levemente embriagado, direto da happy-hour prolongada para o jantar que a mulher já deveria mandar servir. Mas em lugar de estar à sua espera, enfiada no penhoar de grife, diante da televis

A PROSA E A POESIA DE IZILDA BICHARA | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na palavra sempre surpreendente - em prosa ou verso - de IZILDA BICHARA : NOVELA   O passo na escuridão da esquina. A chave na porta de entrada. O corredor ocupado pelo vazio. E o jantar atrasado. É num instantinho que fica pronto. Vai tomando banho, enquanto eu ponho a mesa. Foi tudo bem na repartição? A cebola espirra no óleo quente. Ela corre a ajeitar a toalha. O prato no lugar de sempre, o copo d’água, o guardanapo. Enquanto coloca o arroz quentinho na travessa de vidro, ele se senta. Ela pergunta se ele quer tomar uma sopinha antes. Quer. Claro que que

UM CONTO DE MARIA AMÉLIA ELÓI | Projeto 8M

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  fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje, homenageamos a escritora MARIA AMÉLIA ELÓI , com seu conto inédito: ORGULHO Desta feita aflorou a necessidade. A mulher sentiu uma precisão genuína de romper. A angústia formigava sem parar, qual espinho de pequi engolido arranhando o céu do peito. Ela não tinha com quem dividir. Pensou em dizer ao padre, de joelhos no confessionário, mas não conseguiu. A reza não fluía nem quando ela se deitava à noite, sozinha com a imagem da Virgem Desatadora à cabeceira da cama. Quem sabe se escrevesse? Mãe do Céu, me ajude. Desculpe a chateação, mas sou devota e crei

A PROSA E A POESIA DE LINDEVANIA MARTINS | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na palavra sempre precisa - em prosa ou poesia - de LINDEVANIA MARTINS : NOTAS FINAIS DE UM FARSANTE No fim, ao menos no fim, devemos ser verdadeiros. É quando nada mais importa. Nem ridículos, nem rejeições, nem misérias. Então, digo, antes de sair de cena. Sempre tive medo. Da morte. Do amor. Até das palavras sentia medo. Por isso tive que escrevê-los, exorcizá-los, desgastá-los. Como a uma faca que se usa muito sem pedra que a afie. Cegá-los. Usei-os como um deus implacável exercitando sua ira. Tudo o mais foi secundário, acessório. E ninguém pode me acus