Para não dizer que não falei dos cravos | Seis poemas de Jansen Hinkel
 
  Coluna 26 Seis poemas de Jansen Hinkel  cera       (paragrafias, p. 57).       vespas medonhas   em conjunto   de ponta cabeça   na madeira podre.       de pedaço em pedaço   na trajetória do ar   de uma árvore qualquer   para o canto da calha.       abelhas-cupins   direcionadas   a um trabalho   formal de cera.       uma colônia   de escuras asas   e um plano ancestral   para o deus-hexágono.       nós,   quase tal elas,   com a segurança,   antinatural,   de também organizar   o tudo   em formatos.       e alienígenas sem asas   de inflamadas conjuntivas   nos prendemos em lados   centros e túnicas   de futuros   que não serão.           uma bruxa   (paragrafias, p. 130).       Compostos venenos,   bem arrumados na tábua pregada   a servir de estante.   Emplastros e líquidos com cheiro de fruta podre.   Uns ramos amarrados com palha.   Um gato magro e orelhudo,   a espiar panelas.   Alinhadas cartas de tarô de Sevilha   e ...