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A poesia insurgente de Lourença Lou

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imagem pinterest nonsense talvez eu não saiba o que é  lirismo  ou talvez meu arco seja mais forte  que o alvo e a rota da flecha  sei que sonetos me dão sono  se não estiverem picotando o amor  - ah! dirão os críticos e  os artistas da forma  - o que vomita  a louca que nunca soube  além das suas bocas de fome? sei da vida que quase sempre  cava buracos no senso comum  sei também de caminhões insones  desgovernados à beira do asfalto  onde a miséria arma vitrines  para que a vida continue  entre as pernas das filhas  ou na impotência  da carne tenra de seus meninos   o crime não compensa  mas compra a consciência das flechas. Salvador Dali ancestral    aguentar  meus poemas batidos  a prego e fogo  minhas obras cunhadas  em moedas falsas  meus traços riscados  em tinta d'água  fica mais fácil  quando a poesia  me pega pela palavra  e me mostra o reflexo  do que corre em minhas