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Resenha - comentário afetivo - do livro QUARENTA DIAS, de Maria Valéria Rezende

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QUARENTA DIAS DEPOIS por Nic Cardeal  Preciso confessar. Sofro de um problema muito grave. Não sei ler livros sem marcar, sublinhar, rabiscar. Sinto que os leio com maior atenção e profundidade quando assim procedo. É como se eu tivesse olhos nas pontas dos dedos, do lápis, da caneta. Parece que deste modo consigo que as palavras fiquem tatuadas na alma. Só assim é que posso dizer que bebi um livro por inteiro!  Hoje escrevo sobre o livro QUARENTA DIAS , de MARIA VALÉRIA REZENDE . Eu o li duas vezes. Ele está todo marcado, folha por folha, página por página. Por isso tenho certeza de que ficou todo tatuado na minha alma. Por que precisei lê-lo duas vezes? Não precisei! Quis muito! Viciei! Quis ler. Quis ler de novo. Muito. Só assim pude obter energia pra seguir Alice em sua (ultra, mega) maratona de quarenta dias! Não, não podia deixá-la ir sozinha. Mesmo que ela nem soubesse que eu estava lá todo o tempo. Mal sabia ela que até me sentei na sua velha cadeira de bala

Resenha do livro infantojuvenil NO RISCO DO CARACOL, de Maria Valéria Rezende

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(ilustração da capa: Marlette Menezes) UM CARACOL RISCOU MEU CORAÇÃO   por Nic Cardeal  Caracol é um molusco terrestre, que carrega nas costas uma concha em espiral - quase uma casa ambulante. Ele anda levando a concha sempre consigo e, quando necessário, guarda-se todinho dentro dela - é sua melhor proteção em momentos de perigo. Caracol também é um habitante do jardim de 'uma tal de Maria', que adora escrever haicais, 'quase haicais', romances, e tais e tais! Multiarteira essa tal de Maria! NO RISCO DO CARACOL é um livro infantojuvenil (poesia/haicai) escrito por 'essa tal de Maria' -  MARIA VALÉRIA REZENDE  - em 2008 (3a. edição em 2011, Belo Horizonte/MG: Autêntica), e lindamente ilustrado por Marlette Menezes. Foi vencedor do Prêmio Jabuti 2009 - 2° lugar na categoria infantil. A autora escreve, em forma de haicais e de 'quase haicais', sobre 'coisas' encontradas em seu jardim logo depois de uma chuva. Como ela di

Resenha - Conversa de jardim por Mariana Belize

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Resenha do livro “Conversa de jardim” de Maria Valéria Rezende e Roberto Menezes por Mariana Belize “Vamos confundir não só o tempo, vez ou outra, vamos confundir nossas falas também.” Nessa quarentena, muitos autores liberaram para download gratuito suas obras. Uma das que aproveitei para conhecer foi Conversa no jardim, de Maria Valéria Rezende e Roberto Menezes, que está ainda disponível na Amazon para download gratuito. Os dois autores são romancistas: Maria Valéria lançou Quarenta Dias e outros romances, assim como Roberto Menezes lançou Pirilampos cegos, Palavras que devoram lágrimas, entre outros títulos. E cito aqui os romances já pra deixar recomendada a leitura, hein? Os dois, no entanto, têm estilos bem diferentes, o que é muito interessante de se observar na leitura de Conversa de jardim. Já desde o título, como também a proposta do próprio livro, não é de modo algum ter algum flerte com a biografia (vou falar disso, conforme o texto avança).

Uma Mulher Admirável - Maria Valéria Rezende - Homenagem especial

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SOBRE ELA A Revista Marie Claire, em uma entrevista feita com Maria Valéria Rezende , colocou como título: Freira, escritora e feminista, o que seria uma boa descrição. Mas para essa mulher admirável, as descrições e biografias são sempre limitantes para o seu “vasto mundo”. Essa freira, escritora, feminista, que hoje reside na Paraíba e até ganhou título de cidadã paraibana. também esteve em tantos “outros cantos”. Deu a volta ao mundo quatro vezes, alfabetizando adultos e crianças. Mais que isso, educando pessoas para a possibilidade de ser mais, através da educação como missionária. Morou em vários países: China, Argélia, México e Timor Leste. Teve importante papel de mulher de luta nos tempos sombrios da ditadura militar no Brasil, escondendo companheiros e ajudando a libertá-los. Essa mulher destemida, que diz ter começado a ser conhecida por não ter medo de nada, que escreve muito e a partir de 2001 começou a publicar e ganhou muitos prêmios. Essa mulher que

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Líria Porto, Mariana de Matos e Maria Valéria Rezende

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[Líria Porto] eu's narciso mergulha n’umbigo e insiste : espelho espelho deus existe alguém no mundo? [Mariana de Matos] foi no bnh da ilha que eu aprendi a chupar mel de flor e no centro da cidade eu aprendi a me perdoar por me perder valadares da pedra negra e do largo rio doce do minério de ferro do coiote covarde e da água podre minha paisagem de mercúrio onde o sol força fazer refúgio minha língua índia minha estrangeira figueira minha insubmissão ao dólar à hiprocrisia e à franca fronteira canto que com negros não há zelo onde mulheres indecisas decidem e muitos homens cultuam o medo valadares você quer me manchar de lama mas mesmo na mina eu estudo a dança [Maria Valéria Rezende] “ Percebo, Senhora, que, embora outra desgraça possa me acontecer a qualquer momento e quiçá me veja outra vez sem meios para escrever-Vos, continuo a errar por tantos assuntos sem nenhuma utilidade – a não ser a de dar-me a mim o gozo

Vídeo-Homenagem a dezessete mulheres admiráveis do Brasil

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Muitas são as mulheres que lutaram e ainda lutam para fazer deste mundo um lugar mais aprazível e menos injusto. Elas são de diversas artes e histórias de vida e luta. Porém têm algo em comum: o talento, a paixão e a dedicação pelo caminho que escolheram. Tudo isso respeitando seus próprios princípios e os princípios do bem coletivo, das minorias e, principalmente de outras mulheres. Por mais triste que seja para nós mulheres a constatação, ainda há aqueles que negam o machismo nas sociedades modernas, o que é uma hipocrisia. As mulheres só obtiveram algumas vitórias a custo de muita luta, sofrimento, derramamento de sangue e mortes. Estamos no século XXI, e ainda é preciso muita informação, muito trabalho,  muita arte para continuar essa luta que nem todos têm o interesse de compartilhar e assistir suas vitórias. Isso significaria perda de identidade, poder e/ou privilégios. Sim, tanto para os homens, quanto para muitas mulheres que ainda não estão preparadas e suficiente segu