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Cinco Poemas de Rejane Aquino

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Moinho São tantos abismos que me cavalgam que nem eu mesma sei onde me derramo. Destino Aquela vida antes daquela morte, Desvela um fio de vento E treze miçangas de ilusões. Recompensa Tudo gira, O mundo, a vida e o bumerangue Tudo gira, o tormento me invade, Pois tudo gira, Inclusive o bumerangue ( que lancei) Tudo gira... O mundo é uma máquina compressora De sonhos Enquanto gira e esmaga ( os sonhos) Faz sorrir, o outro insano. Tudo gira ... Nessa vida que purga silêncios, exalta e abate Abate e exalta Pois a vida gira e nada explica Somos pó, o vento leva Tudo gira, vida e mundo E nada pode desatar os nós do retorno e da fúria [do bumerangue]. Quimio O espelho é meu carrasco, Através dele, enxergo tudo Que não queria ter me tornado: Meu corpo, já não é tão vigoroso Meus pés titubeiam, Minha pele está flácida, amarelada, Minhas unhas enfraqueceram... O sorriso j