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Mostrando postagens com o rótulo feminismo

A PALAVRA MARCANTE DE CLARA ARREGUY | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Viaje na palavra marcante e, tantas vezes aventureira, de CLARA ARREGUY : 1)   "(...) Histórias, memórias, lembranças, alforjes cheios de lições aprendidas, vazios de inutilidades deixadas pra trás. Xô, sentimentos pequenos e pobres, xô, fantasias do passado, anseios de ser o que nunca será, de ter o que nada lhe trará paz, de resgatar o tempo perdido - como perdido, se tudo que fez e foi concorreu para trazê-la até aqui, ao alto desta manhã ensolarada em que um banho de mangueira e uma dúzia de paraguaios, a deliciosa fruta importada sabe Deus lá de onde, vão l

O feminismo que vem da Ásia | Marilia Kubota

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MOSAICO Coluna 22    –   Crônica O feminismo que vem da Ásia por Marília Kubota O feminismo asiático não é fenômeno recente. Desde fins de século 19 temos notícia de mulheres que lutam por libertar-se da sociedade patriarcal na Ásia. A chinesa Qiu Jin e as japonesas Kanno Sugako e Fumiko Kaneko são algumas precursoras. Mas há muitas, mulheres coreanas, indianas, árabes, brasileiras, americanas e europeias que unem suas vozes na defesa dos direitos das mulheres de etnias amarelas, marrons e brancas da Ásia.   Na história do feminismo asiático temos poetas, como a chinesa Qiu Jin, que lutou contra a famigerada prática de pés de lótus, a tradição de amarrar pés de mulheres para reduzi-los.  Qiu Jin e as japonesas  Kanno Sugako e Fumiko Kaneko têm em comum o fato de ter despertado o ódio dos governos locais., terem sido presas e torturadas.  Qiu Jin  viveu de 1875 a 1907. Um  casamento extremamente infeliz  a fez gerar novas ideias consideradas subversivas. Logo  se tornaria membro de um

Divina Leitura | O mito da beleza por Naomi Wolf e suas consequências para a vida das mulheres contemporâneas

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  Coluna 09 O mito da beleza por Naomi Wolf e suas consequências  para a vida das mulheres contemporâneas* Amarildo Bertasso, Betania Vasconcelos da Cruz Fraga, Cassiana Parissenti, Dayanna Vieira de Jesus, Divanize Carbonieri, Júlia Rodrigues Nunes Café, Julianna Alves Bahia, Lucas Santos Café, Lucy Miranda do Nascimento, Marcella Duarte Vieira Pessoa, Monica Maria dos Santos, Regina da Silva Ferreira, Tatiane de Oliveira, Vanessa Pincerato, Vinícius Ferreira dos Santos, Wesley Henrique Alves da Rocha O mito da beleza (1992) de Naomi Wolf é um desses livros seminais do feminismo que deveria ser bem mais conhecido. Nele, a autora apresenta a exigência da beleza inatingível como uma reação do patriarcado aos avanços conseguidos pelas feministas, principalmente a partir dos anos 70. Desse período em diante, pelo menos as mulheres ocidentais de classe média já haviam alcançado muitos direitos em diversas esferas, como a educação superior, o mundo dos negócios e o controle da reprodução.

ARTIGO – O FEMINISMO QUE VEM DA ÁSIA

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MOSAICO Coluna 17    –  Artigo O feminismo que vem da Ásia  por Marília Kubota O feminismo asiático não é fenômeno recente. Desde fins de século 19 temos notícia de mulheres que lutam por libertar-se da sociedade patriarcal na Ásia. A chinesa Qiu Jin e as japonesas Kanno Sugako e Fumiko Kaneko são algumas precursoras. Mas há muitas, mulheres coreanas, indianas, árabes, brasileiras, americanas e europeias que unem suas vozes na defesa dos direitos das mulheres de etnias amarelas, marrons e brancas da Ásia.   No Brasil, há  jovens pesquisadoras,  como Caroline Ricca Lee, Ingrid Sá Lee,  Laís Miwa Higa e Kemi que promovem discussões sobre identidade feminina asiática, não só em universidades, também em outros espaços públicos. Elas lutam pela visibilidade da identidade brasileira de etnias asiáticas, combatendo a fetichização do corpo feminino e estereótipos, como rótulos de boneca ou gueixa. Há que se lembrar de Suely Kanayama, Yoko Kayano  e Nair Kobayashi, militantes do Partido Comunis

O martelo de Adelaide – Marília Kubota

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MOSAICO Coluna 02    –  Resenha O martelo de Adelaide por Marília Kubota O martelo (Garupa, 2017), de Adelaide Ivanóva, recorre à metáfora de uma ferramenta considerada arma branca entre os povos primitivos. Na Revolução Industrial, torna-se  símbolo da classe operária: é um instrumento para pregar pregos. Na era moderna, ao lado da foice  do camponês, transforma-se no ícone da bandeira comunista. Há duas referências  para as  quais o livreto (com 82 páginas e   29 poemas) aponta.  O martelo do juiz, que  representa o poder de proferir sentença nos tribunais, batendo com força em vítimas de estupro e o livro O   martelo das feiticeiras , manual no qual a Inquisição da Igreja Católica   se baseava para caçar hereges, entre eles, “mulheres que haviam feito pacto com o demônio” ou adúlteras.  O livro amplifica estas duas vozes, a da estuprada e a da adúltera. Estas mulheres, segundo o  Imperador   Constantino, eram consideradas foras-da-lei. As vozes femininas são an