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Mostrando postagens que correspondem à pesquisa por Adriana Mayrinck

SOLANGE PADILHA EM DOZE POEMAS | DO LIVRO "SOBRE AQUILO QUE NÃO CESSA"

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fotografia do arquivo pessoal da autora  DOZE POEMAS DE  SOLANGE PADILHA EM  "SOBRE AQUILO  QUE NÃO CESSA" capa do livro Sobre aquilo que não cessa   A construir um pequeno telhado duas ou três coisas que lembrassem portas janelas vaso de flores ( Corpo Flutuante , p. 22) imagem do Pinterest  -*- transgredindo eixos o súbito  chão  ( Territorialidades , p. 35) imagem do Pinterest  -*- faltavam as curvas sobre a calçada a ponte ao outro lado da baía a nave de Niemeyer o passeio por um bairro de Caracas. Faltava o majestoso vale e a rua a (se) perder (d)a página  E parecia indecente o quanto tudo falta, ao corpo solta vertigem deslizando  sua falta a retornar lugar a lugar pulsando sob o lacre teu nome ( Territorialidades , p. 42) imagem do Pinterest  -*- Meu caro, o real não cede ao coração  Ele tem nas mãos as linhas que embaralham arquiteta fios mas não salva: nem das trincheiras do amor nem do solilóquio ( Amares , p. 59) imagem do Pinterest  -*- Na Rua Visconde de Pirajá q

Coluna 04 - In-Confidências por Adriana Mayrinck

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                                                        Coluna 04 Cinquenta dias em casa... por Adriana Mayrinck Aprendi a conviver com as distâncias - desde sempre. Nasci em Recife, metade da família pernambucana, a outra metade, apesar de carioca, dividida entre São Paulo (avô paulista), Rio de Janeiro e Minas Gerais. Depois, aos 3 anos fui morar em Copacabana. Para resumir, foram muitas idas e vindas, entre Recife (no total, 8 anos), Rio de Janeiro e Teresópolis (38 anos), nos intervalos muitas viagens, 3 meses em Bruxelas, até aterrar há quase 4 anos, em Lisboa. Passei a vida assim, convivendo com abraços e sorrisos de chegada, novos amigos, novos lugares, abraços e lágrimas de despedida. E lembranças. E saudades. Sempre vivi e acreditei que a vida é para ser sentida... Aproveitar cada momento com quem está ao nosso lado, reter o que agrada, fixar cheiros, sabores, sorrisos, olhares, abraços, melodias, paisagens - na memória. Necessito do toque, do convívio. Gosto de olhar nos olh

A POESIA FASCINANTE DE ANA MARIA LOPES | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. "Dias mulheres virão",  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na poesia fascinante de ANA MARIA LOPES : A DEUSA Quando deus adormeceu ela tomou conta de tudo Deusa para todo serviço  lava, passa, cozinha, dá referência Enquanto ela ordena o mundo cuida do código camponês  e traduz o chão, o mar começa a ser mar dentro dela Úmida para servir, ela fala com peixes brotam-lhe escamas Na cama vê o dia aparecer  sem projeto ou esboço  Para ela a vida se desenha naquilo que se chama fundo do poço (* poema publicado na Antologia de Poesias   Mulherio das Letras  e Conexões Atlânticas Antologia ) imagem do Pintere

"PERMANÊNCIAS OUTONAIS SOB O SIGNO DA LEVEZA", ARTIGO DE ISABEL CORGOSINHO

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  livro Permanências outonais , de Vania Clares PERMANÊNCIAS OUTONAIS SOB O SIGNO DA LEVEZA sobre o livro "Permanências outonais", de Vania Clares                                                          por Isa Corgosinho             Ao final da leitura do livro de Vania Clares, veio-me a vontade de sistematizar questões que fui anotando durante a leitura. Assim, deixo aqui registrados os meus devaneios interpretativos de suas Permanências Outonais.     A prosa poética de Clares deixa entrever em suas fontes a ambivalência das personagens femininas de Clarice Lipector.   Com essa chave genealógica, ousamos mergulhar no processo de estranhamento intencionalmente construído numa temporalidade, cuja noite tem a mesma duração do dia. O resultado é o mergulho conjunto no equinócio intensamente vivenciado pela constante alteração do estado de consciência da personagem outonal. A gangorra do tempo malbaratado situa esse romance entre aqueles dinâmicos e interativos, também ad