Poema | Fremente, por Jeane Tertuliano


|Coluna 09|

Palavras são vertidas

silenciosamente

dos lábios escarlates

que denotam perversão

aos pútridos olhos

dos cidadãos de bem

que, imersos na maldade, 

provêm egoicos rebentos

do reflexo peçonhento

da grandiosa pequenez.

A densidade corpórea

do sexo oprimido

é fremente.

Anseia por ser lida

e compreendida

nas entrelinhas das rimas

que ecoam ritmadamente

ao som da mudez dorida

infligida a tantas Marias.

Já não podemos ser belas,

recatadas e do lar...




Comentários

PUBLICAÇÕES MAIS VISITADAS DA SEMANA

Thaís Furusho: Balanço

De vez em quando um conto - Os Casais - por Lia Sena

Entrevista com a poeta e professora Francine Cruz

Isabel Furini, Vanice Zimerman e Rita Queiróz: Flores - Poemas

Isabel Furini e Macarena Cardozo: Melodias

Minha Lavra do teu Livro 20 | "PINTE-ME DE AZUL!", de GISELA MARIA BESTER, por Nic Cardeal

Araceli Otamendi e Isabel Furini: Infância

ConversArte - dez anos trabalhando em prol da cultura

MÃE, por Chris Herrmann

Sarau da Varanda | Prêmio APPERJ 2025 | Sarau Revelação 2024