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Mostrando postagens com o rótulo Chris Herrmann

Poemia 01 | Tempo - por Chris Herrmann

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| coluna 01 | Estreando esta nova coluna, onde trarei sempre dois poemas autorais e uma imagem artística. Hoje quero falar do tempo... O tempo o que me assombra não é o tempo que perdi reverenciando inutilidades, nem a imagem refletida que tiveram de mim. me assombra é o tempo, o que se perdeu na carcaça, que me fez caça e prisioneiro, que não mais me serve. mais ainda me assombra não é a sombra que eu era, mas a que ficou vazia e só nas águas de um tempo ido. Aquarela de Lu Valença Muda nunca tive a certeza das árvores vi minhas raízes crescerem nômades, avançar rios, lágrimas cachoeiras sem eira nem beiras fazer cabo de força de mim entre continentes e oceanos nunca tive a certeza dos troncos mas a dos trancos e barrancos das tempestades sem fim a certeza, eu aprendi foi com a muda que teve a planta dos pés queimada e as folhas arrancadas por outonos atrevidos a muda me ensinou a falar para sobreviver à próxima estação me ensinou também a ter a certeza de que tudo muda.

Nietzsche conto! 02 | Eu conto ou você conta? por Chris Herrmann

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| coluna 02 | EU CONTO OU VOCÊ CONTA? por Chris Herrmann Allan Põe palavras: “ainda tô contando os corvos.“ Simone de Bom Ar: “o conto é misógino... por que não uma conta?“ Boka Lokowski: “só conto comigo e o meu cigarro“ Manoel João de Barros: “um passarinho me contou“ Freude-se: “já lhes contei que a culpa é da mãe“ Bispo Mais Sebo: “estou escrevendo o conto do vigário“ Fernando Mil Pessoas: “eu conto com os outros que há em mim“ Drums Mond: “antes eu contava as pedras enquanto caminhava. agora são elas que me contam, enquanto me diluo nesse caminho infinito de poeira cósmica“ Rubizão: “amanhã eu conto“ Garotão: “só conto pro meu advogado e pra mamãe“ Neverson Rodrigues: “eu conto e canto outras“ Delator premiado: “eu conto tudo que você quiser que eu conte“ Trumpeiro: “eu só conto com a minha superioridade!“ Ih, Manuel: “não kant comigo!“ Temeroso: “conto com a minha aposentadoria“ Morro: “e eu com a minha, Temeroso. Só não conte a ninguém os meus planos pra 2022” Maluca Mulher: “já

Coluna 04 | Mulherio das Letras na Lua - JAMMY SAID (Brasil)

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                                                                        Coluna 04 Divulgando autoras Lusófonas, um poema de Jammy Said Colorir a Vida Observo o quadro à minha frente com cores intensas  O Azul do Mar... O verde da Natureza... A Areia da Praia de cores indefinida. Os Prédios de MultiCores. Os Carros... Cores...Cores. Pessoas em seus apressados caminhar. Eu parada sentada em um banco no calçadão da Praia a observar. Em minha mente o quadro  com formas e cores. Desenho máscaras nos rostos. Proteção...Proteção... A Arte se faz presente. O coração pulsa e sente. Jammy Said , Niterói, Rio de Janeiro. Poeta/Escritora/Produtora Cultural/Atriz/Terapeuta Holística/Jornalista/Coordenadora do Evento Cultural Encontro Sarau & Dança. Participou como co-autora das Antologias realizadas pelo Movimento Um Brinde à Poesia de Lucília Dowslley, e também das edições do Fanzine Alfarrábios na oitava edição. Diretora de Ações Culturais do Movimento União Cultural Núcleo Niterói, Delegad

Elas me fazem de gata e alpercata | Desfile de meowdas 1 - Publicação coletiva

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|  coluna 04  | Desfile de Meowdas 1 por Chris Herrmann A minha coluna de hoje sobre o mundo felino é interativa. Trata-se de um desfile de “moda felina“! Mas como assim?Ora, nossos bichanos estão sempre inventando moda, não é? Então, nada mais justo que tenhamos um espaço para elas e eles se exibirem mais um pouquinho (risos). Essa nova seção da coluna poderá ser publicada outras vezes, portanto este é o desfile número 1. Vejamos abaixo o que seus pais e mães falam delas e deles, e suas fotos.  LIN QUINTINO São dois felinos, dois gatos ou dois presentes que a vida trouxe sem pedir licença. Foi empurrando a porta dos sentimentos e deixando ancorados no porto dos desejos dois gatos.  No começo, nos estranhamos, cada um com suas manias já consagradas e sem abrir mão um milímetro, mas aos poucos, nos roçando, até nos embolar na cama. Hoje, dividimos tudo, até as manias. JENNIFER TRAJANO Quem tem medo de ver vulto no escuro é criança. Adulto tem medo de pisar no gato e sentir-se mal depois

Coluna 03 | LIVREMO-NOS! O REGRESSO DE JÚLIA MANN A PARATY de Teolinda Gersão

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Coluna 03 Em homenagem à nossa gentil e querida escritora portuguesa,  Teolinda Gersão , felicitando pelo aniverário e em celebração aos 40 anos de atividade literária, divulgamos em nossa coluna sua mais recente obra, lançada no dia 14 de janeiro de 2021, “O Regresso de Júlia Mann a Paraty” . A escritora também reeditou “A Mulher que prendeu a Chuva”, de 2007,  uma de suas obras mais premiadas.  O REGRESSO DE JÚLIA MANN A PARATY de Teolinda Gersão O regresso de Júlia Mann a Paraty são três novelas que se entrecruzam, de modo surpreendente. Através de um conhecimento profundo da vida e da obra de personagens históricas, e respeitando a veracidade dos factos, a autora desvenda o mundo interior de todas elas, vívida e credivelmente ficcionado, numa narrativa fascinante que prende o leitor da primeira à última página. CRÍTICAS DE IMPRENSA Por trás do título aparentemente solar deste novo livro de Teolinda Gersão está uma dissecação primorosa das sombras totalitárias - sejam as do pensam

Coluna 02 | LIVREMO-NOS! - Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram (Pequenas memórias) de Alice Vieira

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  coluna 02   Alice Vieira , em 2020, celebrou 40 anos de carreira literária. A jornalista portuguesa é uma das maiores e mais queridas escritoras da literatura infanto-juvenil da atualidade. Escreve com maestria não só livros direcionados ao público jovem, mas também excelentes contos, prosas, poesia e romances.  Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram  (Pequenas Memórias) de Alice Vieira Nas memórias que marcaram o meu mundo e nas nossas memórias colectivas, do nosso mundo português, só duas coisas que, entre tantas, me afligiram..., mas mesmo apenas uma ou duas, porque as lembranças de lugares marcantes como o bar do Rick, em Casablanca; o teatro Capitólio; o Santini, em Cascais; o irrequieto mar do Guincho; a redacção do Diário de Lisboa; a tertúlia do café Monte Carlo; o pequenino mundo que começava e acabava no boulevard Richard Lenoir, em Paris, não me afligiram. De todo. Entraram na minha vida e insistiram, teimosamente, em aí ficar a morar, acompanhando-me dia a dia, co

Coluna 01 | Mulherio das Letras na Lua - Apresentação

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coluna 01 Apresentação da nova coluna MULHERIO DAS LETRAS NA LUA A lua é relacionada à mulher e vista como entidade feminina desde o início dos tempos. Ao influenciar a natureza, as marés, e o nosso corpo, em suas diversas fases, ficamos à sua mercê, quando o quisito é emoção e sensibilidade. Desde as crendices populares, ciência, misticismo, filosofia, literatura, entre outros, a sua grandeza, luminosidade, magia, explendor e mistério, há séculos seduzem, inspiram, instigam e nos conduzem. A poesia tornou-se a ponte entre nós, simples mortais e essa divindade que ainda hoje, tentamos conquistar. A mulher ainda não chegou com os pés na lua, mas com certeza a nossa cabeça, sentidos e imaginário há séculos coabitam nesse território tão íntimo de cada uma de nós. Pensando nisso, e em todas as expressões relacionadas à lua e a mulher, foi criado por Chris Herrmman o grupo no Facebook Mulherio das Letras Na Lua ,  somente para produção poética em língua portuguesa. Esta coluna, tem o intuit

Coluna 01 | LIVREMO-NOS! - Apresenta: Carta à rainha louca de Maria Valéria Rezende

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coluna 01 Em homenagem à nossa querida  Maria Valéria Rezende , escritora e responsável pelo "chamamento" ao  Mulherio das Letras , hoje com mais de sete mil mulheres ligadas à literatura espalhadas pelo mundo, estreiamos a coluna  LIVREMO-NOS!  com a indicação do livro,  Carta à rainha louca,  (3ºlugar - categoria: romance) do  Prêmio Oceanos 2020  (Um dos prémios mais importantes da literatura de língua portuguesa).  Carta à rainha louca de Maria Valéria Rezende "O livro ajuda a analisar melhor por que a gente ainda não conseguiu superar realmente, de maneira, séria o machismo" Maria Valéria Rezende "A história é trágica, mas carregada de humor. A narradora escreve à rainha dona Maria, em Portugal, com a intenção de informá-la sobre os infortúnios das mulheres na colônia. Ela mesma é filha de um capataz de engenho, português que cruzou o Atlântico em busca de sucesso, mas não encontrou terreno pra isso. É uma das sobrantes, sem dote nem futuro como parideira,

Crônica | Momentos que somam e dividem, por Chris Herrmann

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| coluna 16 | Momentos que somam e dividem por Chris Herrmann   É incrível como há momentos na vida da gente que, ao mesmo tempo que nos somam e dão muita satisfação, podem nos dividir interiormente.  Foi o que aconteceu comigo na virada de 2017 para 2018 e também três meses depois. Tive uma fase bem difícil e delicada por conta de um tratamento de câncer de mama. Antes do terrível diagnóstico, eu estava toda feliz, planejando o término do meu primeiro romance e uma possível viagem ao Brasil para lançá-lo em três cidades.   Apesar do susto do diagnóstico e as dificuldades enfrentadas no tratamento da doença, posso até dizer que me saí bem. Procurei unir forças para não me deixar deprimir, nem fazer com que a doença me vencesse. Não. Eu a venci com o apoio do avanço da ciência e da medicina, mesmo sabendo que isto só foi possível por conta de um diagnóstico prematuro em um exame de rotina. Mais aliviada, porém um tanto debilitada com as várias sessões de radioterapia, decidi aceitar o c