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Mostrando postagens com o rótulo Ivy Menon

A POESIA IMPRESSIONANTE DE IVY MENON | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Navegue pela poesia sempre impressionante de IVY MENON : IN_ADEQUAÇÃO   infelicidade a minha nasci poeta não há muito o que dizer à rua o dia se vende e de mercado nada entendo pouco sei de sangue suor e lágrimas derramados no campo não comercializo Poesia ocupo-me de desimportâncias gastei-me noutra dimensão fugi da linha de combate desgostam-me enfrentamentos meus dedos uivam sílabas eu temo mediocridades luas novas idade das trevas e fogueiras bruxuleantes a incinerar-me as letras teimo-me cobrir de cores abstratas riscar-me de giz e as margens não comportam in_adequ

Preciosidades Antológicas 09 | Helena da Rosa, Ines Lempek e Ivy Menon

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|  coluna 09  | Preciosidades Antológicas - três autoras Helena da Rosa, Inês Lempek e Ivy Menon por Chris Herrmann Na coluna de hoje, destacamos os poemas das três autoras acima, da  I Antologia Digital de Poesia  Porque Somos Mulheres , lançada em Maio/2020 pelo selo  Ser MulherArte Editorial . Foram 149 poetas selecionadas e/ou convidadas das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito Ser MulherArte Editorial, 2020

A intensa e ousada poética de Amanda Helena em uma crônica e um poema

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Pinterest, sem anotação de autoria A MENINA ESCUTA RAY, ENQUANTO O MUNDO ENFUMAÇADO SORRI.                             por Amanda Helena                                 Ai de mim que contemplo o muro caiado dos sepulcros e seu portão de ferro bruto e roubo a história dos ossos em meu pensar. Sim, chego a sentir inveja dos ossos que se tornam vivos em minha mente , penso na mesa posta, numa família reunida, nas músicas que ouviram, no sexo que suaram e nas batalhas perdidas. Repousam agora serenos e não há mais épocas e talvez alguma alma ali recolhida também me mire e sinta inveja por eu ter vida (???) Digo, pois, a tal alma perdida " não se engane, há em mim mais pó, que das almas partidas". Naquelas lajes encerraram se histórias com sentido, de uma simplicidade pacífica e dão enfim descanso as que nessa terra andaram perdidas. Quem nasce pra pó, de infância se percebe, já vem com uma dor indefinida e um estranhamento pretérito, enquanto as mamães d

Gelo e fogo se abraçam na instigante Poesia de Michelle Ferret, em seis Poemas

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Wendell Well FRIO O dia escureceu os meus olhos Não tinha mais fogo para acendê-los Todos os fósforos foram usados Não sobrou nada Procurei pelos isqueiros Mas eles não tinham gás                        Nenhum incêndio foi possível hoje Verônica Trigo Arte DEPOIS Abro demoradamente porta por porta de todas as gaiolas e desafio a gravidade atravessada de silêncio avisto outro país, outro planeta este, agora em esperas mesmo depois de tantas (v)idas Todo parto tem seu peso e todo tempo sua vertigem imersos na coragem da criança que pula o abismo de todas as manhãs seguimos Todos os versos são planos de fuga despedida do corpo em riste alucinando as vias públicas, ora vazias asfaltadas no peito O inferno de Dante é pouco para tanta chama acesa e inaugura nossa febre em continuar, apesar de tu

Em uma Metáfora bem-humorada, o passado alerta o futuro: crônica de Marisa Zani

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Salvador Dalí MÓVEIS MEMÓRIAS *                     por  Marisa Zanirato Tudo começou quando o discreto guarda roupa colonial apaixonou-se pela culta e rebelde estante de livros. Ele, legítimo jacarandá, viúvo da distinta e refinada cristaleira, tinha desse casamento uma filha: mesa de jantar – donzela de certa idade, educada para servir discretamente. Entretanto, no final dos afazeres, depois de esvaziadas as taças de vinho, mesa de jantar entrava em devaneios nos quais ela se transformava na macia e aconchegante cama, protegida e amada pelo criado-mudo.     Estante de livros não tinha linhagem nobre. Pertencia à geração beat: aglomerado de madeira revestida com padrão cerejeira. Ainda jovem, acolheu Platão, Marx, Sartre e Nieztsche, com a mesma irreverência com que acolhera atlas geográficos, dicionários, literatura védica e revistas em quadrinhos. Já na maturidade, permitiu-se algumas veleidades, ostentando sem constrangimento um aparelho de TV e um DVD. Porém