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Ouvindo Mulheres 02 - "Puta", conto de Cinthia Kriemler

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Ouvindo Mulheres - 02 por Cris Lira Olá, leitoras e leitores! Hoje, na coluna Ouvindo Mulheres , trago a leitura do conto visceral de Cinthia Kriemler, "Puta," que integra a Coletânea I do Mulherio das Letras (Mariposa Cartonera, 2017) organizada pela Henriette Effenberger. É uma história triste e dura, contada de maneira sucinta e crua. É a voz de uma mulher que por vezes nos choca, mas pela qual sinto uma profunda empatia. Termino o conto com o desejo de convidá-la para um café; um convite para que desfie o lirismo das noites em que ainda acreditava no amor. Imagino o sorriso cansado dela no espelho ao me ouvir e tenho quase certeza de que riria, "também você é como a polaquinha?", penso que ela diria. Sorrio também. Como esse café é impossível, faço um convite a você, que me lê, para que adentre o universo ficcional de Cinthia Kriemler comigo. Deixo aqui o conto e a leitura do conto para vocês! Obrigada por me escutarem. Obrigada por nos escutarem.

Ouvindo Mulheres 01 - Cris Lira, apresentação

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Ouvindo Mulheres - 01 por Cris Lira Apresentação  Olá! É com muita alegria que escrevo este texto para contar a vocês um pouquinho sobre esta nova coluna da Revista Ser MulherArte "Ouvindo Mulheres" . Em 2019, iniciei uma pesquisa que visava mapear a produção literária conectada ao Mulherio das Letras e, como o corpus  era muito grande, decidi trabalhar apenas com a produção em prosa (Coletâneas I, II e III publicadas em 2017, 2018 e 2019). Durante a pesquisa, deparei-me com textos riquíssimos e com temas variados. Logo, fiz uma enquete para aprender mais sobre a leitura desses textos. Se escrevemos (e escrevemos muito), estamos também nos lendo? Foi a partir dos resultados da enquete e da minha própria experiência como autora (que havia publicado nas Coletâneas, mas até o momento da pesquisa não tinha lido todos os textos), que decidi que os textos precisavam ser "semeados", ganhar o mundo e os ouvidos das pessoas. Logo, compartilhei a leitur

Café Crepúsculo - um conto de Chris Herrmann e um presente!

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imagem: pixabay Café Crepúsculo por Chris Herrmann Marta teclava o dia inteiro (e mais algumas horas) com aquele (dez) conhecido, Sérgio,  que a fazia sorrir e esquecer do vazio que asfixiava seus dias. Tudo parecia tão perfeito, tinham muitos interesses em comum. Até que ele passou a insistir para se encontrarem. Como assim? Será que ele a achará gorda e feia? Não, ele é tão jovem, belo, inteligente... e, modéstia a parta , ela também não fica atrás com seus trinta e poucos anos de exílio nos livros, pensou. O medo da rejeição parecia ser maior que a vontade de tê-lo perto. Durante semanas, Marta conseguiu adiar um encontro. Sérgio insistia. Marta queria, mas cada vez que se lembrava das decepções sofridas, puxava o freio. Sua irmã, Ângela, foi quem a encorajou para, finalmente, se encontrar com Sérgio. Marta passou a semana pensando na combinação de roupas, bijouterias, bolsa, maquilagem. Ao mesmo tempo, pensava, que Sérgio tinha que gostar dela ao natural.

A excelência na dança - Melli Sarina e a Tribal Fusion

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Foto: Melli Sarina em performance - arquivo pessoal A Dança do Ventre (Tribal Fusion) de Melli Sarina por Chris Herrmann Melli Sarina Baumeister é alemã, residente em Augsburg, na Alemanha. Viaja para os Estados Unidos regularmente para aprender a técnica de Dança do Ventre Tribal Fusion diretamente da fonte. Ela completou seu treinamento de danças de nível 2 com Zoe Jakes em 2017 em São Francisco. Completou com sucesso e já participou duas vezes do Tribal Massive Program para dançarinos profissionais em Las Vegas. Seu objetivo é encontrar os caminhos de treinamento mais eficazes para técnicas precisas de dança e movimentos fluidos e ser capaz de oferecer aos alunos a melhor base de treinamento possível. Atualmente, é palestrante de oficina em uma turnê pela Europa e administra seu próprio estúdio de dança More Moves Studio em Augsburg. Assista os vídeos abaixo, onde é possível perceber e constatar a excelência da sua técnica e graça durante a performance. Melli Sarina enc

Fazendo arte com minhas gatas - Chris Herrmann

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Tudo começou em Maio de 2018, quando adotamos a Luna, uma gata siamesa muito graciosa. Não é segredo para os meus amigos que eu amo gatos e já tive vários quando era criança e adolescente. Senti que era a hora certa de dividir nossa casa com bichinhos também. Depois da Luna encher a nossa casa de alegria, travessuras e pequenas aventuras diárias (quem tem gatos, sabe disso), surgiu a ideia de fazer uma página para ilustrar isso no Instagram. Meses depois, adotamos mais uma gatinha: a Janis. E assim aumentamos a família e o estímulo para continuar a trabalhar essas aventuras com artesanato, arte digital, rock, e muito mais. A “brincadeira” foi ficando séria e reconhecida também com prêmios, como foi o do site Haigatos. Abri uma página também no facebook. Abaixo, uma pequena mostra com imagens e vídeos de alguns desses momentos gostosos e artísticos que Luna e Janis me provocaram e inspiraram. 🤍 Gatas & Artesanato Gatas & Haikai Gatas & R

Vídeo-Homenagem a dezessete mulheres admiráveis do Brasil

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Muitas são as mulheres que lutaram e ainda lutam para fazer deste mundo um lugar mais aprazível e menos injusto. Elas são de diversas artes e histórias de vida e luta. Porém têm algo em comum: o talento, a paixão e a dedicação pelo caminho que escolheram. Tudo isso respeitando seus próprios princípios e os princípios do bem coletivo, das minorias e, principalmente de outras mulheres. Por mais triste que seja para nós mulheres a constatação, ainda há aqueles que negam o machismo nas sociedades modernas, o que é uma hipocrisia. As mulheres só obtiveram algumas vitórias a custo de muita luta, sofrimento, derramamento de sangue e mortes. Estamos no século XXI, e ainda é preciso muita informação, muito trabalho,  muita arte para continuar essa luta que nem todos têm o interesse de compartilhar e assistir suas vitórias. Isso significaria perda de identidade, poder e/ou privilégios. Sim, tanto para os homens, quanto para muitas mulheres que ainda não estão preparadas e suficiente segu

Cineasta Petra Costa fala sobre machismo e mulheres

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A diretora Petra Costa - arquivo pessoal Indicada ao Oscar, Petra Costa fala sobre machismo e mulheres em sua trajetória. Cineasta sob ataque da família Bolsonaro e de órgãos do governo escreve sobre machismo e feminismo com exclusividade à Marie Claire, que reproduzimos aqui na Ser MulherArte integralmente. Saí do cinema chorando. No metrô, começaram os soluços. Primeiro, pequenos. Depois, compulsivos. Meus soluços não se intimidaram pelos olhares curiosos. O filme era Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanszky, e os diversos filmes ainda não contados que ele ativou na minha memória. Vi nele Elena, minha irmã. Me vi. Vi minha mãe. Vi as dezenas de jovens mulheres que conhecia e passavam pelo que vim a chamar de complexo de Ofélia. Um afogar nas próprias emoções no vir a ser mulher. Diferente da narrativa de desadaptação masculina, tão narrada no cinema e na literatura, e que geralmente fala de confrontos com instituições (escolas, universidades, exército o

Perfil de cantora - Ilka Vilardo

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Conheci a Ilka em 1989, trabalhando na mesma empresa que ela, no Rio de Janeiro. Além de cantora, ela é engenheira química. Desde então ficamos amigas e me apaixonei pela sua performance que tive o privilégio de assistir várias vezes.  A seguir, um pouquinho dessa voz e interpretação únicas. Ilka Vilardo Na adolescência cantou em clubes, saraus, festivais estudantis e participou de conjunto de baile. Na década de 1980 integrou bandas de rock. Por essa época, atuou como backvocal da banda de Roberto Bataglin, com o qual se apresentou no Circo Voador, Botanic, Rock In Rio e Studio 54, entre outras casas noturnas do Rio de Janeiro.  No ano de 1991 transferiu-se para Roma, onde passou a fazer shows em casas noturnas da cidade, assim como em cidades periféricas. Em 1992, de volta ao Brasil, formou a banda Quarta Intenção, integrada somente por mulheres instrumentistas, tendo como repertório alguns clássicos da MPB. Com o grupo apresentou-se no circuito do S