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Conto e poesia- Artes integradas de Dairan Lima

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Um Conto e um Videopoema Monika Luniak Ao Som de Gita ( por Dairan Lima ) Resolvi terminar o namoro, porque você, ao ouvir o ronco do jipe do meu pai, pulou em cima da bicicleta e sumiu na estrada poeirenta e eu fiquei na maior frustração. Depois arrumei outro, o Zé Cristino, que era lindo de morrer com aquele cabelão comprido e olhos gateados. Foi até a fazenda do meu pai me pedir em namoro. Eu tinha tudo para esquecer a desfeita que você me fizera, mas não conseguia esquecer as primeiras sensações de ter o coração na boca e as mãos suando, geladas sempre que o via. Você arrumou a Irene para namorar, eu ficava roxa de ciúmes. Nas festas de Santo Antônio, no pátio da igreja matriz, o que rolava era Gita, que pirava a cabeça da moçada da época do paz e amor. Nunca esqueço, você fugia da sua namorada e eu do meu. Dançávamos colados nas festinhas, ao som do Maluco Beleza, eu sentindo seu corpo tenro no meu, sensação indescritível. Um dia, marcamos um cinema, às escondi...

A poesia "Vermelha" de Dairan Lima

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Obra de Carlos Sena Passos VI O ritual do amor são vestes jogadas ao chão A tua olheira de prata e um olhar inquisidor. XVIII Sou apenas pó e sinto falta de ar. XIX A vida saía de nossa boca e o encontro era a canção. Um dia, você enrodilhou a estrada colocou-a no bolso e foi assobiando. Eu, engasgada, furei os olhos. xxv Moços todos que passam trepados nos seus motores, suplico: casai comigo, que sou bela virgem santa. Moças todas que desfilam com seus vestidos de gaze, imploro: dormi na minha cama assassina. Moços e moças, é urgente o meu pedido - como fosse ordem divina - não terrestre: -acariciai o meu sexo desgraçado! Obra de Carlos Sena Passos XXX 3/10 Algumas cicatrizes. Eis a essência de meus pertences. Uma cicatriz no supercílio esquerdo, uma taça de cristal quebrada. 4/10 Um presente: o vestido de ninfa que doei à empregada. Um breve encolher de ombros, a vida inteira qu...