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Mostrando postagens com o rótulo Literatura de autoria feminina

UM CONTO DE MARIA AMÉLIA ELÓI | Projeto 8M

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  fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje, homenageamos a escritora MARIA AMÉLIA ELÓI , com seu conto inédito: ORGULHO Desta feita aflorou a necessidade. A mulher sentiu uma precisão genuína de romper. A angústia formigava sem parar, qual espinho de pequi engolido arranhando o céu do peito. Ela não tinha com quem dividir. Pensou em dizer ao padre, de joelhos no confessionário, mas não conseguiu. A reza não fluía nem quando ela se deitava à noite, sozinha com a imagem da Virgem Desatadora à cabeceira da cama. Quem sabe se escrevesse? Mãe do Céu, me ajude. Desculpe a chateação, mas sou devota e crei

A POESIA DE PATRÍCIA CACAU | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Viaje na poesia sentimental e romântica de PATRÍCIA CACAU : REENCONTRO   Pedi mais uma garrafa de vinho Agora pode ser qualquer rótulo  estado, país  Um tira-gosto? Não, não tira nada. Acrescenta.  Aprofunda. O tato. O papo. O fato. E o adeus! (* poema do livro Quintais , p. 17) imagem do Google  -*- QUINTAIS Relembro os meus quintais, as emoções não tinham lugar, o coração apertava, o pulso acelerava, os dentes rangiam, a alma enrolada na dor que parecia não ter fim, aqueles quintais convidaram à solidão dos dias meus. A lua insistia em ser cúmplice, tão solitária

Minha Lavra do teu Livro 01 | "ASSIM NÃO VALE", de NOÉLIA RIBEIRO, por Nic Cardeal

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Minha Lavra do teu Livro 01  – resenhas afetivas  –   "ASSIM NÃO VALE":  A MAIS VALIA DA POESIA! ASSIM NÃO VALE , o novo livro da poeta NOÉLIA RIBEIRO  (Editora Arribaçã/2022) chega-me às mãos como uma rajada intensa de realidade interpretada com enorme perspicácia - mesmo quando o imaginário a pincela lá e cá das tinturas próprias do 'fazer poético' - de forma que não há como ficarmos alheios aos sentidos, sentimentos e emoções que ultrapassam para as entrelinhas da palavra. Não há como negar: ao lermos Noélia, Gaston Bachelard ecoa: "a linguagem poética, quando traduz imagens materiais, é um verdadeiro encantamento de energia" ! Noélia nasceu para a Poesia (sim, maiúscula!), porque possui nas mãos - tanto as que seguram o lápis, a caneta, ou percorrem o teclado; quanto aquelas 'mãos da alma', que procuram no imaginário [e encontram] os exatos sentidos das diversas dimensões poéticas - aquelas inerentes aos melhores operadores da palavra!  Sim. Ela

UM POEMA DE MARIA DOS NAVEGANTES QUEIROZ

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Poema em homenagem a  Valdeci de Andrade Gomes fotografia do arquivo pessoal da autora I A casa de taipa adormece em Guamaré. De madeira, cheia de sombras verdes. Estrelas através do crepúsculo na maré. Sonhos de pescadores seguros nas paredes. Nas tábuas de um aparador desbotado humildes pratos repousam como amigos. Uma rede, com cores de um tempo passado, estende-se perto dos colchões antigos. Há nove crianças, almas jogadas ao vento. O fogão de lenha, com chamas dos trópicos, curva-se diante do teto sem mantimentos, em rezas de joelhos para Santa Conceição. E, lá fora, redemoinhos de poeira dançam. No céu, os ventos, as dunas, o coração. Na sombra, as ondas do mar soluçam. II Um homem no mar.  Desde criança, marinheiro, seu corpo se lança na batalha rumo ao acaso. Na máquina do Mundo, ele deve ir primeiro, seus filhos estão com fome, sem atraso. A água sobe os degraus da ventura humana. Sozinho, governa seu barco com quatro velas. A mulher em casa, costurando a lona insana, remontan