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Coletivo Contemporâneos

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  |  Caderno de Arte 03  | Coletivo Contemporâneos por Lu Valença HABITAMOS E TIVEMOS INÍCIO NO MESMO TEMPO .      Qual foi a primeira manifestação criativa da espécie humana? A arte. Foi empregando a arte que nossos ancestrais puderam expressar e realizar suas ideias, artísticas e linguísticas. Com a primeira manifestação artística, superou-se a falta de educação e recursos, abrindo-se, com a transmissão das ideias por meio de imagens, o caminho para a comunicação e a propagação das ideias. Desta forma, os pensamentos se tornaram visíveis e imediatamente reconhecíveis até mesmo para os iletrados. Essa prática, nos permite afirmar que o homem atual igualmente valoriza símbolos e sinais e reconhece a arte como forma de expressão e entendimento capaz de transpor barreiras como as diferenças culturais, de linguagem e de nível de instrução. O  CONTEMPORÂNEOS foi criado para manter essa tradição acesa, disseminando a importância visceral que a arte tem, em suas variadas formas, de servir co

Isabel Furini & Luciane Valença | 5 poemas 5 telas

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Atitudes femininas Desenterrar os álbuns de fotografias e triturar com os dentes as lembranças dolorosas mastigar os rancores com gestos de troglodita matar velhas ilusões como os santos e os eremitas pendurar nas cortinas de crochê as sombras da eterna mágoa e dos antigos amores para que a luz do Sol elimine o mofo e as traças que se alimentam das lembranças e das emoções renascer como a ave Fênix – livre, cofiante e decidida a iniciar uma nova fase da vida. Luciane Valença A voz do feminino Nesta época a luz recua e é de tule a Lua e o Sol é de veludo dourado e enceguece às mulheres enquanto a Lua resplandece e fala : é preciso que o eterno feminino seja transformado em um sino e que vibre nas gargantas é hora de reunir forças uma nova Idade Média está batendo à porta é preciso defender com força a premissa “nenhuma mulher deve ser submissa!” Luciane Valença Frágil? Os corvos do oca

Edna Almeida | 5 poemas

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LucianeValença Em nosso jardim Ah esse entrelaçar Que nem sempre vejo Vem-me assim Caminho no tempo Sentimento de estar solto e preso Nessa rede de estar entre linhas De tecer paulatinamente Ter casa estar de passagem Não é ilusão o presente È vida! Meus olhos precisam olhar devagar. Luciane Va   lença O impulso O que provoca não é o corpo, Não é o nu. É o imprevisto O movimento em cena como um risco. O puxar da roupa que ameaça os meus olhos profanos E pára, não era nada? Fica no ar o que os olhos pensavam Como quem tira a casca,  E provoca. Ninguém suga. É isso que me leva junto, O impulso. O ato eu conheço, O nu eu já vi.  Mas mil vezes imaginar, O que causa perturbação  É a pirraça.  Que deixa a casa dos olhos à beira do caminho  Imaginar, arte santa e não profana. Ai que vergonha! Luciane Valença Céus de estrada. Pensar e escrever são mesmo como uma estrada Surge sem que precisemos tirar o corpo do l

A poesia de Vania Clares| 5 poemas

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Luciane Valença CONDIÇÃO: MULHER                            Já me perdoei. E como Lilith ainda encontro asas no espelho, ainda busco onde pousar. Já sucumbi no fogo entre as mil ardidas vivas, ainda me queima nas entranhas o estigma imposto. Já caminhei nua pelo deserto em autopunição por meus pecados. Já ofendi Atena e acabei decapitada por transformar homens em pedras. Já ofereci a face vermelha dilacerada direita e esquerda. Já subi ajoelhada as escadas do templo e continua tatuado em mim o pecado original. Já rasguei minha carne ao provar amor com dor parindo. Todos os dias apalpo a marca da perpetuação da espécie. Todos os dias lembro que sou significado e significante. Todos os dias sobrevivo sendo costela de Adão. Nem todos os dias sobrevivo.                                                                                             Quero viver!   Luciane Valença ÁRIA À