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Mostrando postagens com o rótulo Literatura Feminina

UniVerso de Mulheres 14 - A poesia sagaz e contundente de Suene Honorato, por Valeska Brinkmann

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  UniVerso de Mulheres 14       Entidades , intstalação de Jaider Esbell        foto © Caio Flavio (@_cf_drones_bh) A  poesia sagaz e contundente de Suene Honorato, por Valeska Brinkmann  1.7 Justificado Na hipótese de viver à margem das benesses do mercado seriam mortos por um explorador qualquer que impressionado com a miséria diria: Sabe, eu não choro só porque a lágrima me desalinha me envelhece. Preciso rir as tantas vezes que o orbicular o risório o bucinador movimentem diariamente. Mas se fosse por mim ,ah se fosse se sesse, lágrima ia lágrima vinha. Pena não ter escolha. E de lá revoltariam sem ter sido assujeitados: N'oré îukaî xûéne ! 5.1 Introdução à lírica moderna De quanta teoria se precisa para ler poesia? Não introduzamos a lírica moderna em nenhum orifício nem mesmo pelo buraco dos olhos até os ossos do ofício. Michel Temer é poeta. 5.6 Patativa no centro Os poeta niversitáro quer dos críco literáro elogio sem função. Os poeta da perifa tá cansado das burrice, quer

UniVerso de Mulheres 13 - A memória e o erotismo na poesia de Anastasia Candre, 3 poemas traduzidos por Valeska Brinkmann

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UniVerso de Mulheres 13                                                                                                             arte  ©Eliana Muchachasoy A memória e o erotismo na poesia de Anastasia Candre 3 poemas traduzidos por Valeska Brinkmann        A chagra   Avó da abundância Avó dona da dança de frutas Ela planta as sementes E delas cuida com amor maternal Pau de yuca, yuca brava, yuca doce, yuca para beber Vovó eu quero ir para a chagra Semear tubérculos, inhame, banana da terra, milho, abacaxi Replanto muitas árvores que foram derrubadas Cipós que foram cortados e sangram A terra que queimaram Vem meu irmão  E que venha a abundância Na chagra se ensina os conselhos  Na chagra foi onde me ensinaram Na chagra, a avó transmite seus saberes A seus filhos e filhas, netos e netas * Chagra é uma pequena área de terra cultivada, de aproximadamente um hectare, geralmente localizada a no máximo dois quilômetros de distância da aldeia indígena. É considerado um espaço de fecundidad

Nossas Velhas Sábias

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  Hoje, dia 08 de março, dia Internacional da Mulher venho trazer para vocês mais um belíssimo projeto idealizado e o organizado por uma mulher, estou falando da coletânea de contos “ Velhas Sábias ”. Trago isso hoje porque essa obra contém dentro de si não apenas histórias das mulheres mais antigas como, também, faz uma retomada das mulheres mais jovens olhando para as suas e reconhecendo sua origem, e as outras mulheres que vieram antes delas. Portanto, é muito propício falar dessa ideia em um dia como hoje, que traz consigo a representação da luta da mulher, logo quando uma de nós se propõe a chamar outras irmãs para olharem para si e para as que nos antecederam, estas estão continuando essa luta pelo nosso lugar na sociedade e no mundo. Esta coletânea foi pensada e está sendo desenvolvida por Fátima Soares, que é uma escritora pernambucana, ativista, livreira, possui um sebo chamado Livro Aberto. E tem publicado quatro livros solos, além de ter participado de várias coletâne

Coluna 07 | LIVREMO-NOS! NUA de Ana Acto (Portugal)

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coluna 07 A coluna LIVREMO-NOS apresenta com imensa satisfação o livro que está dando o que falar, NUA da querida e gentil Ana Acto. Nua Minh  ́alma aqui, NUA... Num vazio que me despiu e libertou das amarras que, em falsa segurança, me suspendiam Ilusório era meu voo que me levava ao céu e me mantinha cativa ao chão NUA Libertei-me com palavras e, nelas, renasci em graça alimentada do seu poder e de poder ser... E armada de letras, fé e asas, embutida de amor e verdade me concedi finalmente a tão merecida... liberdade Colecção IPSIS VERBIS Coordenador: Raul Tomé (Baltasar Sete-Sóis) Fotografia da capa: A.Carvalho (Fotógrafo) Modelo da capa: Ana Acto Capa e projecto gráfico: Julia Mayrinck Produção: In-Finita Adquira o seu exemplar com a autora Ana Acto Editora In-Finita Ana Isabel Correia Acto , nasceu a 5 de abril de 1979 em Tomar, e reside atualmente em Setúbal. Abriu em abril de 2018 uma página de autora nas redes sociais com o nome “Ana Acto”. Escreve-nos sobre amor, em todas as s

Coluna 03 - In-Confidências - por Adriana Mayrinck

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Coluna 03 "A vida é a arte do encontro" por Adriana Mayrinck A vida é a arte do encontro, como imortalizou o nosso Poetinha, mas hoje não vou falar de poesia, e nem do Vinicius de Moraes, mas sim, de parceria! Como muitos sabem, desde 2009 aventuro-me com projetos de revistas, começou com a Horizonte, mas coloquei na gaveta, após muitas andanças e esperas nas portas da Empetur e da Astur/PE, em Recife e em diversas secretarias de turismo dos nove estados do Nordeste. Depois em 2015 tentei unir forças com uma escritora de Niterói que também não aconteceu... Acho que essas coisas, têm o seu momento certo e apesar da vida ser a arte do encontro, foram tempos de muitos desencontros. O projeto da Revista Literária foi repaginado em 2017, agora com ares lusos, mas deixei nos arquivos para um melhor momento. Entre muitos livros e eventos, fui adiando... esperando as férias, esperando lançar primeiro o meu livro, esperando completar cinquenta anos, esperando, esperando... até vir

UniVerso de Mulheres 12 - A voz da selva na poesia de Sandrinha Barbosa, por Valeska Brinkmann

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UniVerso de Mulheres 12                                                                                                                             Foto  © Luciana Frazão   A voz da selva na poesia de Sandrinha Barbosa, por Valeska Brinkmann Eu selvagem   selvagem como as pedras não polidas e intocadas selvagem como o fogo o sol do meio-dia e as grandes tempestades selvagem como os terremotos maremotos secas e enchentes selvagem como a pororoca amazônica que em sua passagem arrasta o tudo e o todo selvagem como a febre alta como a ferrada de arraia e o choque do puraquê selvagem como a noite sem fim sem luz e sem som repleta de pesadelos selvagem assim eu sou assim estou seria uma certeza ou auto-defesa? não sei explicar mas por alguns instantes ao deixar a selva encontro vocês: amigos fiéis que tanto falam, brincam e sorriem em seus olhos quanta esperança firmeza e carinho traduzidos a mim selvagem em jeito de luta persistência e não desistência o oxigênio a segurança a brisa morna qu