Poema | Sequela do Amor, por Jeane Tertuliano

|Coluna 02|


Sequela do Amor


O tempo chicoteia a memória

i n c e s s a n t e m e n t e.

Entretanto, o sádico ignora

um pequeno-grande porém:

quando se ama alguém,

esquece o esquecimento;

resistindo, assim, ao tormento.

O romântico é, 

primordialmente, 

um semideus:

mediante a prévia do fracasso, 

concebe um desfecho do seu agrado,

crendo piamente na sua veracidade.

Devaneando no mar do amor genuíno, 

fica insone e dá asas ao vil desatino:

chora e ri de si mesmo ao naufragar.




Comentários

PUBLICAÇÕES MAIS VISITADAS DA SEMANA

De vez em quando um conto - Os Casais - por Lia Sena

Mulher Feminista - 16 Poemas Improvisados - Autoras Diversas

Nordeste Maravilhoso - Viva as Mulheres Rendeiras!

Cinco poemas de Eva Potiguar | Uma poética de raízes imersas

A vendedora de balas - Conto

Um poema de Mar Becker | "à parte do reino"

Araceli Otamendi e Isabel Furini: Sonhos

200 palavras/2 minicontos - por Lota Moncada

Resenha 'afetiva' do livro O VOO DA GUARÁ VERMELHA, de Maria Valéria Rezende

A POESIA FANTÁSTICA DE ROSEANA MURRAY | PROJETO 8M