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Um poema de Imaculada Moura | Relembrando o Tempo de Criança

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  Imagem de Yuliya Harbachova por Pixabay.   Um poema de Imaculada Moura Relembrando o Tempo de Criança  Vejo a velha paineira,  dela tenho boa lembrança.  Minha paineira querida  fez parte da minha vida.  Era uma boa amiga,  mais linda quando florida.  Em sua sombra eu deitava,  olhava as nuvens e sonhava.  Sonhava acordada  vendo aquela beleza,  quando as nuvens se mudavam  com tanta delicadeza.  Ora era uma figura,  ora outra escultura,  e isso me encantava.  Quando olhava lá para o horizonte  via aquele grande monte,  parecia tão perto do céu...  a mente então voava  e batia forte as asas.  Lá em cima então eu chegava.  Com um bambu na mão, Só bastava um cutucão  para o céu se abrir  e bem rápido eu podia subir,  e até falar com Deus. Por que é assim o destino?  - Eu quero ser um menino!  E falava sem rodeio:  - Ser menina, eu odeio.  Pra menina tudo é feio,  pro menino é sem maldade.  Apesar da pouca idade  eu sentia a diferença,  e na doce inocência  eu tinha fé que um dia daria