Uma colher de chá pra ele - Weslley Almeida
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSyLVd5jX4FdKsx-LzM9N612n_9kClQXYCRCPTFell5TbhZ2AC2FTDWvUAn-m9k2Y7M1biAC4rdpc5f37myFKKhS3HzqnAZLUuIeOh5KQEqTY3hZUVLnhDPGUMJameXcAhJgWmU-k3ang3/s400/94734182_553478102215777_4857815372797050880_n.jpg)
| uma colher de chá pra ele - 05 | Poesia para um tempo que dói Gustave Caillebotte A PERMEABILIDADE DAS HORAS A castidade dos dias a permeabilidade das horas meus olhos sangrando de horizonte o arrebol a máscara o álcool o desapego das coisas fúteis carros cheios de formol e valas com mais de sete palmos feitas a braços de escavadeiras arrancando terra corpos ao chão sem velas, velórios só valetas e uma dor que tem comunhão com o sopro de nossa finitude da magnitude dos nossos corpos vãos. ARQUITETURA DAS SOMBRAS Ficar em casa acostumar-se com a arquitetura das sombras as paredes brancas sofá, cama geladeira e fogão com o hábito da mão a preguiça dos olhos toda mecânica e automação dos nossos corpos biônicos com hastes de óculos lentes de contato pontes de safena e celular controle remoto como epiderme músculo ossos links lives de extensão. Lida Matviyenko FAINA Cunhar moedas fazer barganha comprar o pão de todo dia Dar du