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Mostrando postagens com o rótulo Minha Lavra do teu Livro

Minha Lavra do teu Livro 11 | "O PÁSSARO SECRETO", de MARILIA ARNAUD, por Nic Cardeal

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  Minha Lavra do teu Livro 11 - resenhas afetivas - SEREMOS TODOS   [SECRETAMENTE]   PÁSSAROS ENCURRALADOS ENTRE AS PAREDES DAS NOSSAS GAIOLAS  EMOCIONAIS? Que pássaro é este que me sacode em solavancos que me aperta as entranhas e me sufoca a garganta?   Que ave indecente que me bica e regurgita   que me grita entre as vértebras que estraçalha minhas condutas faz de conta que me escuta e se demora em planejar vinganças como se fosse meu dono minha gaiola meu abandono?   Que asas tão pontudas capazes de furar minha pele minha sede minha fome de doçura e impedir minha libertação das distâncias tão curtas entre a loucura e a razão?   (por que você não voou enquanto a liberdade 'inda te conhecia  assim  tão asas  em horizontes distraídas?)   (Nic Cardeal, Segredo) * Talvez exista um lugar de onde não se pode mais retornar, onde a vida não pode ser restituída. Talvez esse lugar seja aqui, onde estou agora, submersa na essência do silêncio, a entoar uma canção sem melodia n

Minha Lavra do teu Livro 10 | "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS", de VIOLANTE SARAMAGO MATOS, por Nic Cardeal

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  Minha Lavra do teu Livro 10 - resenhas afetivas - "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS": UM LIVRO SOBRE  AS DIVERSAS PROFUNDIDADES  DE QUE SE CONSTITUI O AMOR  "Teremos perdido até a memória  de nosso encontro... Mas nos reencontraremos,  para nos separarmos  e nos encontrarmos de novo,    ali onde os mortos se reencontram:  nos lábios dos vivos." (Samuel Butler) * "Percebi que tenho razão quando sinto que conhecia o meu pai e o tamanho das suas emoções." (p. 48) * " (...) escrevo sobre respeito, valores, até direitos. Porque há coisas que precisamos interiorizar bem. Coisas sobre as quais temos a obrigação ética de tomar posição. Também isto aprendi com o meu pai." (p. 70) * "É certo que, quando escrevemos, arrumamos ideias, obrigamo-nos a torná-las percetíveis, num esforço para encontrar as palavras certas, as que queremos escrever. Depois de escritas, tornam-se mais duradouras que as palavras ditas, dão-nos licença para olhar para elas

Minha Lavra do teu Livro 09 | "ABISMOS E ASAS", de ELIANE CAMPOS, por Nic Cardeal

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Minha Lavra do teu Livro 09 - resenhas afetivas -  "ABISMOS E ASAS": A TERAPIA DO LIVRO  NA  SUPERAÇÃO DA DISLEXIA   "- Tem algum remédio para dislexia?    - Ler livro diariamente!" (Eliane Campos) ABISMOS E ASAS: UMA JORNADA - DE DISLÉXICA A TERAPEUTA DE DISLÉXICOS  (Eliane Maria Fernandes Campos, Porto Alegre/RS: Dialogar Editora, 2021) é um livro marcante, pois trata da 'dolorosa' trajetória de uma criança mal compreendida em suas dificuldades cognitivas e de linguagem, e que, apesar delas, conseguiu transformar suas vivências em ensinamentos preciosos para ajudar no processo de aceitação e evolução de outras crianças e jovens  também disléxicos, através de um 'instrumento de trabalho' encantador: o LIVRO! Em sua narrativa, Eliane escancara seu coração com coragem e doçura - às vezes com lágrimas desavisadas, mas necessárias, outras, com leveza e alegria -, sabendo que o lúdico é um dos melhores companheiros para a criança compreender e aceitar se

Minha Lavra do teu Livro 08 | "A BRANCA DE LEITE", de CHRISTIANE NÓBREGA, por Nic Cardeal

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  Minha Lavra do teu Livro 08 - resenhas afetivas - A BRANCA   QUE NÃO ERA  DE NEVE  E  NEM DE LEITE A BRANCA DE LEITE (Brasília/DF: C de Coisas, 2017) é um livro infantojuvenil escrito por CHRISTIANE NÓBREGA e lindamente ilustrado por Juliana Verlangieri, que conta a história de uma menina chamada Branca. Conta Christiane que Branca nasceu com cabelinhos muito, muito pretos e lisos, tão lisos que até espetavam. Era uma menina tão branca, tão branca, que "(...) dava para ver suas veias. Era quase transparente (...)" (p. 7). Branca também tinha um pequeno (ou grande?) probleminha: tinha alergia a alguns alimentos! Por isso, precisava de muitos cuidados. Sua mãe era seu melhor anjo da guarda, e de tudo fazia pra proteger a menina! O pai? Ah... o pai nem ligava, "(...) era daqueles que achava que era obrigação da mãe criar e cuidar dos filhos (...)" (p. 11). Sim, isso infelizmente era verdade... Aos cinco anos de Branca, para tristeza daquela criança,  sua mãe ficou