Isabel Furini, Maria Antonieta Gonzaga e Marli Boldori: Dia dos Povos Indígenas

Imagem indígena pescando - gerada pela IA do Bing

Pranto Indígena

Cadê nossas pegadas
Nas areias do mundo?
Em um grande buraco serão enterrados
Nossos corpos
E chorarão às árvores, as estrelas e o rio.

Isabel Furini
AVIPAF - Cadeira 1 


Imagem gerada pela IA do Bing

Temos uma história

Somos os habitantes da ilha de Vera Cruz
Distintos habitantes da sociedade nacional
Temos uma cultura rica e singular.
Vivemos na natureza pródiga... que produz.

Comunicamos em vários dialetos, desde dantes.
Estamos espalhados em todo o território brasileiro
Guaranis, Caingangues, Yanomamis, Xavantes
Potiguaras, Ticunas, Tupis, Caiapós, Xavantes.

Somos os verdadeiros donos desse torrão brasileiro
Vivemos em terras coletivas demarcadas pelo Governo Federal.
Temos uma história marcada pela entrada violenta em nossas terras
dos seringueiros, pescadores, garimpeiros, madeireiros e posseiros.

Cuidem de nós! Nosso relógio é o céu de anil
Valorizem-nos pelo que representamos.
Por longos anos, fomos chamados de índios.
– Somos os Povos Indígenas do Brasil.

Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
Castro-Paraná-Brasil


Ode ao indígena

O aroma que senti, ao acordar
despertou em mim o gostinho
da tapioca servida na folha de bananeira,
lembrou-me da minha
ancestralidade, lembrou-me do nosso índio.
Hoje é dezenove de abril.
O Dia dos Povos Indígenas.
O que fazer?
Juntei meu povo para festejar
Com mandioca e açaí,
A diversidade deste nosso irmão
Dono deste rincão amado,
não tem limites, pois quase tudo sabe fazer.
Às vezes, ficam invisíveis aos olhos,
de quem não os vê.
Pintei meu rosto com a arte indígena
fui dançar descalça,  ao redor da fogueira
ouvindo os estalos do pinhões
pronto para ser degustados
sentados à luz da lua.
Aplausos ao nosso irmão indígena!

Marli Andrucho Boldori
Porto União-SC



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