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Prosa Poética | O Espelho, por Jeane Tertuliano

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  |Coluna 04| A existência é uma flama. Já concebeu a possibilidade de o agora ser o grand finale da sua vida? Eu aposto que não. A práxis moderna consiste irrevogavelmente em experienciar com gana o regalo do presente em vez de contemplar calma e conscientemente a seriedade intrincada na liquidez da nossa brevidade. O que você enxerga / sente ao demorar-se defronte o espelho, encarando a si mesmo enquanto transborda na pequenez da imagem frivolamente refletida? Para o ser humano, é tipicamente difícil exercer autoanálise, e, até certo ponto, é compreensível. A crueza da realidade tende a ser uma faca de dois gumes àqueles que há muito vêm se negando a lidar com a lógica existencial. Uma vida repleta de quimeras não renderá bons frutos a ninguém. Permitir que a ilusão o faça de joguete é uma das piores coisas que um indivíduo pode cogitar fazer. Feche os olhos e mergulhe sem hesitar na escuridão por detrás das tuas pálpebras, não se acanhe! Adentre o âmago e se achegue à essência, desn

De Prosa & Arte | CartografArte - Um flerte com a Geografia de Milton Santos

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  Coluna 29 CartografArte -  - Um flerte com a Geografia de Milton Santos Imagem de  piviso  por  Pixabay Dias desses, em resenha virtual com estudantes do Cursinho e alguns amigos professores, fizemos uma conversa sobre a perspectiva Geográfica de Milton Santos, dissecando um texto intitulado  Elogio da lentidão. Enquanto ouvíamos Geógrafos, Físicos e Sociólogos me ocorreu uma reflexão poética que vem a seguir: Territórios, espaço habitat e o trânsito dos tambores Uma imensa metrópole  estendida nos membros que me sustentam No íntimo um ambiente rural Cheirando a capim molhado Capim limão na chaleira. Quais são os limites Que me imponho  Enquanto pessoa urbana?  Quais são os sonhos  Que nutrem natureza viva  Do meu chão de terra interno? Espaço é o que me circunda fora E a expansão que me toma dentro Que preencho de saberes empíricos  Ou ideário acadêmico. Que circunda margens alagadas de sonhos poluídos Tempo é um elo dimensional Que o urbano não domina na essência. Se criado a ser

XI Tertúlia Virtual: Poesia e Empoderamento Feminino

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  TERTÚLIAS VIRTUAIS |  05 - por Marta Cortez ão Após uma longa pausa, por aqui, por esta despretensiosa coluna Tertúlias Virtuais , retomo minhas andanças poéticas pela literatura contemporânea de mulheres, poetas, escritoras que me concederam, gentilmente, o prazer do abraço poético, ao participarem do projeto Tertúlias Virtuais , o qual já vem construindo história nas redes sociais desde 23 de agosto de 2020. A XI Tertúlia Virtual:Poesia e Empoderamento Feminino , encontro poético sobre o qual me debruço hoje, aconteceu no dia 06 de novembro de 2020, na companhia das poetas convidadas Francis Mary (Acre), Lucirene Façanha (Ceará), Mary Paes (Amapá) e Felicidade Guerreiro (Portugal). As tertúlias virtuais têm propiciado este espaço de interação, de construção de relações sociais, afetivas e poéticas e de fortalecimento do coletivo literário feminino, porque conecta vozes e olhares do feminino neste espaço virtual que se configurou como espaço de aprendizagem, numa abordagem dialéti