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Mostrando postagens com o rótulo Adriana Mayrinck

Coluna 03 - In-Confidências - por Adriana Mayrinck

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Coluna 03 "A vida é a arte do encontro" por Adriana Mayrinck A vida é a arte do encontro, como imortalizou o nosso Poetinha, mas hoje não vou falar de poesia, e nem do Vinicius de Moraes, mas sim, de parceria! Como muitos sabem, desde 2009 aventuro-me com projetos de revistas, começou com a Horizonte, mas coloquei na gaveta, após muitas andanças e esperas nas portas da Empetur e da Astur/PE, em Recife e em diversas secretarias de turismo dos nove estados do Nordeste. Depois em 2015 tentei unir forças com uma escritora de Niterói que também não aconteceu... Acho que essas coisas, têm o seu momento certo e apesar da vida ser a arte do encontro, foram tempos de muitos desencontros. O projeto da Revista Literária foi repaginado em 2017, agora com ares lusos, mas deixei nos arquivos para um melhor momento. Entre muitos livros e eventos, fui adiando... esperando as férias, esperando lançar primeiro o meu livro, esperando completar cinquenta anos, esperando, esperando... até vir

Coluna 02 | LIVREMO-NOS! - Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram (Pequenas memórias) de Alice Vieira

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  coluna 02   Alice Vieira , em 2020, celebrou 40 anos de carreira literária. A jornalista portuguesa é uma das maiores e mais queridas escritoras da literatura infanto-juvenil da atualidade. Escreve com maestria não só livros direcionados ao público jovem, mas também excelentes contos, prosas, poesia e romances.  Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram  (Pequenas Memórias) de Alice Vieira Nas memórias que marcaram o meu mundo e nas nossas memórias colectivas, do nosso mundo português, só duas coisas que, entre tantas, me afligiram..., mas mesmo apenas uma ou duas, porque as lembranças de lugares marcantes como o bar do Rick, em Casablanca; o teatro Capitólio; o Santini, em Cascais; o irrequieto mar do Guincho; a redacção do Diário de Lisboa; a tertúlia do café Monte Carlo; o pequenino mundo que começava e acabava no boulevard Richard Lenoir, em Paris, não me afligiram. De todo. Entraram na minha vida e insistiram, teimosamente, em aí ficar a morar, acompanhando-me dia a dia, co

Coluna 06| Fala aí...Marli Dias Ribeiro (Brasil)

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                                        |coluna 06| ARRISQUE-SE A ESCREVER: escrever é não desistir de estar presente no mundo  Por Marli Dias Ribeiro (autora convidada)           Quando pensamos em um livro, geralmente imaginamos um conjunto de folhas impressas em papel. Nossa ideia de livro está associada ao material concreto, à técnica de impressão, a capa, ao desenho, à costura. Quando juntamos textos escritos à mão ou lemos no computador parece-nos fugir a materialidade do livro. Os tempos mudaram, temos hoje, E-boockers, Blogs, Vlogs, redes sociais, páginas e tantos outros escritos, diversos e únicos. Infinitas possibilidades...               Mas, creiam nem sempre foi assim! De onde vem o termo, a palavra "livro"? Ela vem da forma latina  liber , que era o nome da camada externa da casca das árvores, onde se escrevia antigamente.           Os livros nem sempre tiveram o formato atual. Foi durante a Idade Média que passaram a ter um aspecto parecido aos de hoje. Antigam

Coluna 01 | Mulherio das Letras na Lua - Apresentação

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coluna 01 Apresentação da nova coluna MULHERIO DAS LETRAS NA LUA A lua é relacionada à mulher e vista como entidade feminina desde o início dos tempos. Ao influenciar a natureza, as marés, e o nosso corpo, em suas diversas fases, ficamos à sua mercê, quando o quisito é emoção e sensibilidade. Desde as crendices populares, ciência, misticismo, filosofia, literatura, entre outros, a sua grandeza, luminosidade, magia, explendor e mistério, há séculos seduzem, inspiram, instigam e nos conduzem. A poesia tornou-se a ponte entre nós, simples mortais e essa divindade que ainda hoje, tentamos conquistar. A mulher ainda não chegou com os pés na lua, mas com certeza a nossa cabeça, sentidos e imaginário há séculos coabitam nesse território tão íntimo de cada uma de nós. Pensando nisso, e em todas as expressões relacionadas à lua e a mulher, foi criado por Chris Herrmman o grupo no Facebook Mulherio das Letras Na Lua ,  somente para produção poética em língua portuguesa. Esta coluna, tem o intuit

Coluna 05 | Fala aí... Carlota Marques Canha (Portugal)

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| coluna 05 | A saudade de já não ter ou poder é bem maior por Carlota Marques Canha                                            (autora convidada)  Tanto se fala de “ sau.da.de” como aquele sentimento de nostalgia que corrói, que dilacera sem nos apercebermo-nos como e quando surge, mas está lá bem presente dentro de cada um de nós. Dói bem mais do que uma ferida aberta que nunca cicatriza ou um trambolhão num dia qualquer que nos deixa uma lesão, embora efémera, é desconfortante, é penetrante, até esgotante e imensurável quando se pensa que vai passar como tantas coisas, mas não passa, agudiza-se a cada hora, a cada dia. Só de pensarmos ou idealizarmos algo pelo qual norteamos a nossa atenção e pensamento e que não conseguimos atingir pelas barreiras que defrontamos, pelas vicissitudes da vida que temos de suportar e viver com, é uma sensação tão agreste de saudade, pelo motivo de já não ter ou de poder que o tempo e nós mesmos já não vamos conseguir recuperar. Ter saudade do tempo,

Coluna 01 | LIVREMO-NOS! - Apresenta: Carta à rainha louca de Maria Valéria Rezende

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coluna 01 Em homenagem à nossa querida  Maria Valéria Rezende , escritora e responsável pelo "chamamento" ao  Mulherio das Letras , hoje com mais de sete mil mulheres ligadas à literatura espalhadas pelo mundo, estreiamos a coluna  LIVREMO-NOS!  com a indicação do livro,  Carta à rainha louca,  (3ºlugar - categoria: romance) do  Prêmio Oceanos 2020  (Um dos prémios mais importantes da literatura de língua portuguesa).  Carta à rainha louca de Maria Valéria Rezende "O livro ajuda a analisar melhor por que a gente ainda não conseguiu superar realmente, de maneira, séria o machismo" Maria Valéria Rezende "A história é trágica, mas carregada de humor. A narradora escreve à rainha dona Maria, em Portugal, com a intenção de informá-la sobre os infortúnios das mulheres na colônia. Ela mesma é filha de um capataz de engenho, português que cruzou o Atlântico em busca de sucesso, mas não encontrou terreno pra isso. É uma das sobrantes, sem dote nem futuro como parideira,

Coluna 04 | Fala aí... Terezinha Malaquias (Alemanha)

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                                                  | coluna 04 | Banzo por Terezinha Malaquias                                                       (autora convidada) Acordei-me hoje bem mais cedo do que eu gostaria. Perdi o sono em algum lugar e não consegui encontrá-lo no sofá da sala, onde sentei-me para rezar e meditar. Esse é o meu ritual diário há muitos anos, mas principalmente na pandemia.   Depois fiz abdominais, e dancei um pouco sem música. Queria mesmo era acordar o meu corpo para o novo dia que amanheceu para mim. Fui para a cozinha e fiz bolachinhas de polvilho inspirada na receita que  minha avó materna  fazia e ensinou para a minha mãe.   Mamãe não me ensinou porque eu não quis aprender a fazê-las. Nunca me interessei antes porque prefiro comer salgados do que doces.   Mas nesse ano atípico, eu fiz pela segunda vez essa receita que passa pelo ao menos por  três gerações de mulheres da minha família materna. Coloquei-as no forno para assá-las e rapidamente o perfume  bom

Coluna 02 - In-Confidências - por Adriana Mayrinck

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                  |  coluna 02 | Boas e Más Intenções - um paralelo entre as duas margens do Atlântico em tempos de pandemia. por Adriana Mayrinck O primeiro momento foi de surpresa, incertezas e sentimentos adversos. Quase um ano se passou, após a invasão de um inimigo invisível, que não escolhe a quem atacar, mas silenciosamente, parou o mundo, deixando a vida em suspenso. E conseguiu atingir a todos, em setores diversos, sem piedade.   Mas não só aumentou o desemprego, lotou hospitais, levou os profissionais de saúde à exaustão e desespero, destruiu famílias e distanciou amigos, cancelou o ritmo natural da vida cotidiana, como também exerceu imensa influência exarcebando a revolta,  a violência, o racismo, o feminicídio, entre tantas outras doenças enraízadas em nossa sociedade moderna.   Nasci no Brasil, construí a minha história e há quase 4 anos, escolhi Portugal, como segunda pátria. Acho que sempre me senti luso-brasileira, e sinto-me em casa, respeitando e amando igualmente os

Coluna 03 | Fala aí... Maria Antonieta Oliveira (Portugal)

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                                                | coluna 03 | Recordar é viver  por Maria Antonieta Oliveira                                           (autora convidada) Não é fácil vivermos estes tempos de confinamento, em que um inimigo invisível, pode surgir e atacar-nos a qualquer momento. Temos que nos reinventar, mudando hábitos, criando espaços e viver de outro modo. Ler, escrever, ouvir música, fazer meditação, yoga, sei lá que mais, algo que ajude a passar o tempo, nestes tempos em que o tempo parece ser muito mais longo do que era antes. Ter pensamentos positivos, recordar momentos felizes, falar com pessoas que amamos, mesmo que seja através da internet, que felizmente, tem sido um meio de interação entre famílias e amigos, muito valioso, tudo isto nos aliviará o desespero da “prisão” a que este vírus nos impôs. Ao falar em recordar momentos felizes, lembrei-me de um excerto de um livro, que está em standby, mas que um dia sairá à luz do dia, e que passo a transcrever: - LEM

Coluna 02 | Fala aí... Isabel Bastos Nunes (Portugal)

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| coluna 02 | A vida on-line por Isabel Bastos Nunes                                                      (autora convidada)   Descobri penosamente que a minha vida dependia muito do contacto pessoal,  dos abraços e beijos, dos risos e gracejos de todos quanto me rodeavam. Os convívios informais, as tertúlias, as apresentações e lançamentos de livros que faziam o meu dia-a-dia eram-me absolutamente necessários, mas só tive a noção disso quando me dei conta que as palavras de ordem eram: - isolamento, confinamento, distâncimento. Ao longo destes meses, o meu contacto e a minha prestação como poeta tem-se remetido on-line (apenas conversando com o meu computador). Foi preciso chegar aqui, para perceber o quanto me faz falta um simples abraço! Quando dei conta da realidade, dei-me a ler os postes dos meus amigos em longos desabafos, em partilhas de poemas, músicas, e agradecimentos aos comentários por baixo escritos, coisa que normalmente me passava ao lado. Egoisticamente pensava