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Mostrando postagens com o rótulo Ensaio

"A POÉTICA DO ESPAÇO NA LITERATURA FEMININA CONTEMPORÂNEA: A CASA - O INFINITO PARTICULAR", ARTIGO DE ISA CORGOSINHO

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  fotografia do arquivo pessoal da autora  A POÉTICA DO ESPAÇO NA LITERATURA FEMININA CONTEMPORÂNEA:  A CASA – O INFINITO PARTICULAR por Isa Corgosinho Esses móveis trazem em si uma espécie de estética do oculto. (...), basta uma observação preliminar: uma gaveta vazia é inimaginável. Pode apenas ser pensada. E, para nós, que temos que descrever o que se imagina antes do que se conhece, o que se sonha antes do que se verifica, todos os armários estão cheios.                                                                                   (BACHELARD, 1994, p. 21) A epidemia COVID-19 que assombra a humanidade nos cinco cantos do mundo, enlutando os continentes com as cifras desestabilizadoras de milhares de mortes, aumentou, sobremaneira, a responsabilidade das mulheres pelo coletivo familiar. O duro e pesado fardo feminino agravou-se ainda mais pelo desemprego que atinge os mais vulneráveis na já penalizada classe trabalhadora. No mundo todo, mas principalmente no Brasil, o femin

Um ensaio de Isabel Furini | A Poesia e sua Função

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  Imagem de Willi Heidelbach por Pixabay. Um ensaio de Isabel Furini A POESIA E SUA FUNÇÃO     Introdução Quando falamos de poesia precisamos entender que entramos em um campo com múltiplas visões. Alguns consideram que um poema de qualidade deve ser sofisticado; para outros, o poema revela a alma de um povo e, por isso, deve ser desprovisto de palavras inusuais e de construções complicadas.   Tive a oportunidade de ser jurado de alguns concursos e foi muito interessante perceber que cada um dos componentes das equipes (professor, jornalista, escritor, poeta, crítico literário, editor, membro de alguma Academia de Letras ou bibliotecário), tinha uma opinião formada e difícil de modificar. Alguns amam poemas com rima, mas na opinião de outros ela torna o poema limitado, pois é preciso escolher palavras pela terminação e não pelo significado.   Um grupo considerava a poesia como expressão da alma; já para outro a poesia  exige um trabalho apurado para escolher as palavra

Um ensaio de Juliane Matarelli | Entre raízes e convenções: um coração

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  Mabel Amber. Fonte: pixabay.com Um ensaio de Juliane Matarelli Entre raízes e convenções: um coração Fui convidada, há já alguns anos, por não me lembro quem, a integrar um coletivo feminino virtual de nome Mulherio das Letras . A plataforma escolhida foi uma das muitas redes sociais disponíveis. O nome me pareceu interessante e logo entendi que se tratava de um grupo de mulheres que escreviam. Pareceu-me um grupo bem diversificado e as integrantes apresentavam diferentes experiências relativas ao mundo da palavra escrita: algumas com experiências com o universo editorial brasileiro, às vezes também com o internacional; outras, sem nenhuma experiência com publicações. Contudo, todas pareciam ter alguma prática de escrita – muitas com vasta experiência em interações por redes sociais.  Acompanhei de longe (ainda que com vivo interesse) alguns problemas do grupo, excelentes inciativas, importantes dicas e ótimas divulgações. Me ofereci para revisar a primeira publicação Mulherio das Le