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Um ensaio de Juliane Matarelli | Entre raízes e convenções: um coração

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  Mabel Amber. Fonte: pixabay.com Um ensaio de Juliane Matarelli Entre raízes e convenções: um coração Fui convidada, há já alguns anos, por não me lembro quem, a integrar um coletivo feminino virtual de nome Mulherio das Letras . A plataforma escolhida foi uma das muitas redes sociais disponíveis. O nome me pareceu interessante e logo entendi que se tratava de um grupo de mulheres que escreviam. Pareceu-me um grupo bem diversificado e as integrantes apresentavam diferentes experiências relativas ao mundo da palavra escrita: algumas com experiências com o universo editorial brasileiro, às vezes também com o internacional; outras, sem nenhuma experiência com publicações. Contudo, todas pareciam ter alguma prática de escrita – muitas com vasta experiência em interações por redes sociais.  Acompanhei de longe (ainda que com vivo interesse) alguns problemas do grupo, excelentes inciativas, importantes dicas e ótimas divulgações. Me ofereci para revisar a primeira publicação Mulherio das Le

Divina Leitura | Mais sobre Luciene Carvalho

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  Coluna 11 Mais sobre Luciene Carvalho - por Divanize Carbonieri Na semana passada, esta coluna se dedicou a resenhar o número especial da Revista Pixé de outubro de 2020 em homenagem a Luciene Carvalho. Naquela ocasião, eu e Maria Elizabete Nascimento de Oliveira nos detivemos em sua produção poética, tendo por base a seleção de poemas publicados na edição. Como Carvalho está completando vinte e cinco anos de carreira, resolvi continuar a celebração de sua obra, reproduzindo aqui o capítulo que escrevi a respeito de sua coletânea de minicontos, Conta-gotas (2007), e que faz parte do livro  Cuiabá, a mulher e a cidade: literatura, cinema e artes da cena , organizado por mim e por Maria Thereza Azevedo, a ser lançado ainda este ano. CUIABÁ: A CIDADE MULHER DE LUCIENE CARVALHO   Ao idealizar este texto, eu tinha o intuito de encontrar uma cartografia feminina para Cuiabá na literatura. Queria saber como a cidade teria sido desenhada nas narrativas de suas autoras. Que espécie de m

UniVerso de Mulheres 08 - Geni Núñez, por Valeska Brinkmann

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|  Coluna 08 |                                                                        Foto  © Luciana Fraz ã o Reflexões de Geni Núñez em três temas por Valeska Brinkmann I: Liberdades nativas: "Livre como um pássaro a voar". Muitas pessoas acham passarinhos voando O Grande sinal da liberdade e entendo o sentido, mas penso que um pássaro voando é tão livre quanto um cachorro latindo, um peixe nadando, uma cobra rastejando. Todos vivendo o fluxo de suas naturezas. Nesse sentido, se digo que, como humana, quero ser livre pra voar, poderia igualmente dizer que quero ser livre como um galo a ciscar.  A lição que me fica disso é que nossa liberdade está mais em poder exercer os limites do nosso corpo do que almejar o irrealizável. Imaginem uma aranha que dissesse: quero ser livre pra nadar como um tubarão! Talvez não se desse conta que sua liberdade está em tecer suas fantásticas teias no ar, não em nadar no mar. Cobrar de um dia e