Suspense e emoção no conto de Rosângela Vieira Rocha
Imagem da internet sem identificação de autoria Sombras tenebrosas O castelo em Edimburgo era enorme, com pesadas cortinas de veludo vinho. Havia almofadas por toda parte, de brocado dourado. As janelas davam para um parque amplo, cheio de flores vermelhas. Ela vestia uma camisola fina, branca, enfeitada de fitas. Trazia os cabelos presos no alto da cabeça, o que lhe emprestava um ar mais maduro. Caminhava pelos quartos, com seus chinelos macios, sem fazer barulho. Talvez procurasse alguém. Avistou-o. Vinha pelo parque com sua capa negra, nariz adunco e grandes entradas na testa. Passou por ela, olhou-a e subiu as escadas. Suas pernas tremiam. Mesmo no inverno, vestia-se com um tecido transparente. Os fascinantes olhos lhe faziam mal, mas não podia desviar o olhar. Gostava daquele homem, embora o temesse. Ele sobe para o quarto, onde há um grande esquife no centro. É quase de manhã e deita-se, apressado. Zilá acorda. Quase todas as noites sonha com o vampiro Barnabas Col