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Mostrando postagens com o rótulo Literatura de autoria feminina

Sete poemas de Rozana Gastaldi Cominal | "Aos protagonistas da cultura viva"

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  Pexels por Pixabay   Sete poemas de Rozana Gastaldi Cominal "Aos protagonistas da cultura viva" Incógnita   O que há entre mim e você? Regras gramaticais, alquimia interina ou lacunas vazias? *   Flâmula poeta sou sigo a voz que   chama solta e revolta sigo o peito que inflama   poeta sou solto a voz que alumia a estrada onde companheiros me esperam com o coração na epiderme japanibackpacker por Pixabay   Em tempo de guerra   imperfeitos gomos defeito genético em todos os cromossomos não há dna que nos alivie do que somos * Em tempo de paz destros e sinistros nem sempre perfeitos em todos os compromissos há tolerância para os casos omissos *   Decreto fora da lei ·          Dedicado a Thiago de Mello, o poeta da floresta, o homem das vestes brancas   Aos protagonistas da cultura viva fica decretado que vamos cuidar um do outro um cuidar não  por obrigação um cuidar que envolve cheiro, beleza, es

Divina Leitura | Sororidade e quebra de estereótipos em "Contos de Yõnu" de Raquel Almeida

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  Coluna 14 Sororidade e quebra de estereótipos em  Contos de Yõnu de Raquel Almeida  _ por Divanize Carbonieri   Em Contos de Yõnu (2019), Raquel Almeida apresenta uma galeria de mulheres comuns vivendo situações cotidianas em algumas cidades brasileiras. No entanto, é justamente nisso que parece residir a novidade do livro. São perfis de personagens que nem sempre encontraram expressão na literatura mainstream . A mulher comum, termo que se refere, na verdade, a milhões de indivíduos únicos que se localizam no amplo território do que se denominou de subalternidade, certamente não ocupou, na história dos estudos literários, o mesmo espaço que os homens brancos de classe média ou alta. É quase como se ela não pudesse ser vista como protagonista, como se suas histórias não tivessem interesse literário. O Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília, sob a coordenação da professora Regina Dalcastagnè, desenvolveu um estudo em que foram analisa

De Prosa e Arte | Escrevo para nos Perdoar

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Coluna 8 Escrevo para nos Perdoar Sempre falo de ti com nostalgia o que remete a ilusão de que você nem mais existe. Nunca tinha percebido isso, até que contando uma de nossas poucas histórias, alguém me perguntou:  _ Seu pai ainda é vivo? Eu, surpresa com a pergunta respondi:  _ Sim é! Mas convivemos tão pouco ultimamente que meu jeito de falar não é despedida pra quem já partiu, é só saudade. Cara , queria te contar que hoje escrevo e leio com tanta paixão por sua causa, que sempre me ensinou a buscar. Nunca me deu uma resposta pronta. E isso me fez curiosa, observadora e humana.  Porque quando tu chegava “bebaço” ainda assim pegava o livro de contos clássicos, lia pra nós Branca de Neve (era o que tinha pra aquele momento) com um sotaque alcoolizado, tropeçando nas palavras. O que podia parecer uma afronta pra mamãe, pra nós era diversão e nos levava às gargalhadas de soltar xixi nas calças.  E quando faltava energia e estávamos sob a luz de velas nos ensinou a ler as sombras produz