Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Márcia Machado

Cinco poemas de Márcia Machado | "Jogo-me na vida sem medida"

Imagem
  S. Hermann & F. Richter Cinco poemas de Márcia Machado "Jogo-me na vida sem medida" Bebido e Sentido   Café, boto fé além do sabor que pode variar ao gosto do freguês da cultura, da tradição forte, fraco, doce, amargo, o fresco que é quente desperta os sentidos levanta o astral aquece o coração. Pra quem viveu todo o processo do plantio à colheita pode descrever cada etapa: Florada branca o verde fruto depois vermelho pra finalmente seco, preto socado, limpo torrado, moído coado, bebido. Evoco memórias infância, adolescência, meus velhos pais, irmãos exploração de patrões… mãos congelando na derriça dos maduros frutos Verdade seja dita o café faz parte da minha história que posso chamar        BONITA!   Cheiros, Sabores e Amores   Aroma, substantivo masculino, desculpa aí, hoje versamos sobre os aromas femininos ah podem ser tantos! Sedutores, inebriantes, saborosos, higiênicos… Sabão, detergente, amaciante, água sanitária em mãos cansadas, que higienizam, envelhecem, s

Divina Leitura | Uma leitura de "Ebulição Interna" de Márcia Machado

Imagem
  Coluna 12 Uma leitura de Ebulição Interna de Márcia Machado _ por Divanize Carbonieri Os cinquenta e um poemas que compõem Ebulição interna , livro de estreia de Márcia Machado, assumem a forma de verdadeiros monólogos interiores escritos em versos. Uma voz poética extremamente reflexiva se debate com questões fundamentais da experiência humana e da contemporaneidade. Em sua maior parte, são composições relativamente longas de versos curtos em que se destacam os pontos de interrogação, sinal de um eu que se questiona constantemente. Essas questões são, no fundo, endereçadas à própria consciência, e para muitas não há realmente resposta fácil ou mesmo possível. São questionamentos que esbarram muitas vezes nas grandes indagações da humanidade: quem sou, para onde vou, de onde vim? Ou, mais precisamente, “De que matéria somos feitos?”, “Quantas poderemos ser/Em tão curta vida?”, “O que sou além da superfície/Que já não tenha sido à exaustão?”, “E se eu morresse amanhã/O que poderia