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A Beleza da Poesia de Mara Magaña

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amálgama qando eu era branca imigrante no sobrenome olhos verdes maternos na vigia cismava com minha cor café com leite - vem de marrocos povo amorenado no deserto como su bisabuelo que foi para almeria onde nasció mi padre, explicava meu pai achava lindo e me via em marrakesh com lembranças plenas de arabescos quando eu me conheci índia cabelos pretos longos indistinta herança kaiabi apiaká bororó paresia da avó lenda de uma aldeia perdida nas bandas de um matogrosso achei divina a segunda vida anterior à primeira e me pus menina de cara pintada aprendendo segredos da terra que me esculpira quando eu me descobri preta surpresa do dia a dia cara pele corpo alma da história não conhecida e tão sentida me entreguei ao embate me rasguei e apresentei meu avesso à sinhazinha no catre do sinhô na carne açoitada do meu irmão nas mortes que carrego no peito e saí inteira trago tudo em convulsão canto de mil noites do batuque ao flamenco e me amalgamo em mim femina I