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Minha Lavra do teu Livro 04 | "DESTINOS DESDOBRADOS", de TERE TAVARES, por Nic Cardeal

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      Minha Lavra do teu Livro 04 - resenhas afetivas - A PALAVRA EM SEUS  'DESTINOS  DESDOBRADOS' “A Literatura é um estado de alma, uma sensibilidade inata que se talha na constância e na curiosidade: haveria como moldar a alma sem ferir-se? A pele que me veste é uma estratégia. O sonho, quando consciente, é quase a antecipação da realidade. Que essa outra forma de parecer real me seja perene, porque todas as realidades são relativas conforme se adentra na engenharia do mundo.” (Tere Tavares, in: ‘O aroma da alma ou todos os nomes’, Destinos desdobrados, p. 101) DESTINOS DESDOBRADOS  é um dos mais recentes livros de  TERE TAVARES , publicado pela Editora Penalux em 2021. Na maioria dos 73 contos, curtos ou longos, a escritora escreve sobre mulheres, ora sendo a própria protagonista, ora escolhendo suas personagens e as esmiuçando, na busca pela compreensão da alma feminina. Logo no primeiro texto, deparamo-nos com seu testemunho explícito pela necessidade da palavra par

Tere Tavares | Canções mínimas

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  Poente. Tere Tavares. Tere Tavares: Canções Mínimas  Sororidade. Frater. Toda a cor é coração! * Que o vento se amacie para acarinhar as flores. Do cipó-de-são-joão. Há néctares bordando os caminhos. Como as frases que brotam e borbulham. Das escolhas que se ampliam com o badalar dos sinos. Quando te excluis das alcateias. E o escuro se apaga em cálida lã. * Pequena grande descoberta. O ano novo é apenas um número inventado uma vez que o tempo não passa. Mas nós. Rosas Celestes. Tere Tavares. Há um nobre motivo para tudo o que é breve. O pacto com a eternidade. * A mais legítima crença é o amor. * Porque o amor e a vida são uma só matéria. Rosas Pequenas. Tere Tavares. Colibri. Hoje há sinais de pausa.  Sem o repouso das asas. Gruda teu corpo minúsculo no balanço do galho. Que o vento não te mantém suspenso. Tem contigo a despretensão de um mínimo salto. O sabor dos avivados. A astúcia dos peixes. A rede rendida. A rosa purpúrea finalmente pura. Quando se esquece que o colibri tem

Artes integradas de Tere Tavares - Um Conto e uma tela

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Tere Tavares - Observadores (técnica mista) Quotidiano por Tere Tavares Via o vulto límpido da realidade se abrir lentamente. A morte é apenas uma linha que se precisa atravessar; o silêncio depois que a respiração cessa. Nada se pronunciava que não viesse eternizar o que havia em si de venerável. Manteve-se curioso. Não perdeu a capacidade de encontrar motivos. Nenhum romantismo o visitava desde a última decepção. Imaginou ter encontrado na reclusão uma forma de relacionar-se melhor com os intervalos entre razão e emoção. Estudava uma forma de jogar com ambas, no momento certo. Cria ser esse o ponto de equilíbrio mesmo que ausente da precisão imaginada mais propícia. [O jovem caminha mais rápido pela estrada, mas o ancião conhece os detalhes do percurso]. Ele se chamava Hully. Perdia-se nas inglórias que se instilavam na sua pele e lhe soletravam a vacuidade suspensa na testa, nas várzeas que as geadas cobriam. A paixão o devorava como os escar