![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnJc_mbh6QYr1WcONc2Mq2vABvcwnD8u8OZgdDp6HWc6tfLXIsoDAgMA2uM_7fqNjPfV9lOtkB2TOiC-Da1lj2WC5t2S3s_i5rBhC-9Kz6gZdwkIlbMb3D6EIQ5P4mE3wYXRpT_-0OGzJF/w400-h266/Poente-+OST-+40x60+cm-+2016.JPG) |
Poente. Tere Tavares. |
Tere Tavares:
Canções Mínimas
Sororidade. Frater. Toda a cor é coração!
*
Que o vento se
amacie para acarinhar as flores. Do cipó-de-são-joão. Há néctares bordando os
caminhos. Como as frases que brotam e borbulham. Das escolhas que se ampliam
com o badalar dos sinos. Quando te excluis das alcateias. E o escuro se apaga
em cálida lã.
*
Pequena grande descoberta.
O ano novo é apenas um número
inventado uma vez que o tempo não passa. Mas nós.
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Rosas Celestes. Tere Tavares.
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Há um nobre motivo para tudo o que é breve. O pacto com a
eternidade.
*
A mais legítima crença
é o amor.
*
Porque o amor e a vida
são uma só matéria.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgnDZ4CkqB41mEUyiPkVsy5v8oNwoi6Zde7t-M0jZ-_djnK2-ZDT0nNQQ6DY9L4n0e3Z36ONfL-oY9tD7OkfoNxhERnkyPJanW1tPn8zx1l6MPw900xYEJ9y2pNnaOT-5d2IZoCetfu6GJ/w298-h400/Rosas+Pequenas+-+arte+digital+-+2017.jpg) |
Rosas Pequenas. Tere Tavares. |
Colibri. Hoje há sinais de pausa. Sem
o repouso das asas. Gruda teu corpo minúsculo no balanço do galho. Que o vento
não te mantém suspenso. Tem contigo a despretensão de um mínimo
salto. O sabor dos avivados. A astúcia dos peixes. A rede rendida. A rosa
purpúrea finalmente pura. Quando se esquece que o colibri tem pés muito
leves para pousar no solo e vê por cima d'água. Cadência de vidraças.
*
Quando se tem na fala o rubor da face. Não compreenderás o contexto que só o tempo confere. O que tu lês o que tu vês o que gostarias fosse algo que pudesses alcançar é uma figura executada a bico de pena. Desconforto. As experiências de cada um são únicas e intransferíveis. Mesmo o que se julga longínquo está próximo. Não é simples antítese ou mera metáfora. Caminha-se sobre terrenos movediços. A cada avanço há probabilidades de vacilar vencer ou sucumbir. Ter segurança em si mesmo significa saber disso. E mesmo assim continuar a percurso ainda que com velhos chinelos. São os riscos e as emboscadas que aguçam os sentidos. Goza o instante. Porque nada volta nem retorna.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLIK6hFKF_tUWWgVpbdG1pfLGaabaXcDZhsG_LgRgFj6jhJjJJPZqs8Npjs469guDEBj95VsIoz_CiUD7mt5kITf1J_urqVpMJuW3uyGuijRGbkJ106LCZ2AMb5-5bVqeuqoa3Ba2JCBBm/w400-h319/Flores+-+OST+-+40x50cm-+2016.JPG) |
Flores. Tere Tavares. |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieYzBt-eKvMY2AiqS74WyAjCWF-WoPfVOrRvuTniznEQOekjh6T58koquasFNgc71sqgzzHZ_8QF_qAkgb06OOQV6d45DEz1y4GlP79pk4vhXF7TtXoUpDr49DGP1nY0TSxASrfdsZtzgT/w124-h200/Foto+da+autora.jpg)
Tere Tavares, escritora e pintora, residente em Cascavel, PR, Brasil, autora de nove livros publicados: “Flor Essência” (poesia 2004), “Meus Outros” (poesia 2007), “Entre as Águas” (contos 2011), “A linguagem dos Pássaros” (poesia Editora Patuá 2014), “Vozes & Recortes” (contos Editora Penalux 2015), “A licitude dos olhos” (contos Editora Penalux 2016), “Na ternura das horas” (ensaios Editora Assoeste 2017), “Campos errantes” (contos Editora Penalux 2018), “Folhas dos dias”, e-book, (Ensaios, Selo Ser MulherArte Editorial, 2020). Integra várias Antologias e Coletâneas, no Brasil e no Exterior. Conta com vasto material publicado em revistas eletrônicas no Brasil e no Exterior. Integra a Academia Cascavelense de Letras.
Tudo lindo!💗
ResponderExcluirQue beleza, Tere. Parabéns!
ResponderExcluirImensos, o texto e as imagens!
ResponderExcluirObrigada à Revista Ser MulherArte pelas publicações.
ResponderExcluirObrigada Sandra Godinho, Lourença Lou e Esther Alcântara, pelas leituras e ecos.
Abraços!
Terê tem uma escrita elegante e sedutora. Suas pinturas transcendem na alma. Parabéns, querida.
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