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Preta em Traje Branco | Ana Paula de Oya em Tríade de Versos

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  Coluna 5 Ana Paula de Oya em Tríade de Versos Xirê Motumba a todos os Orisás! Esu , que me dá caminhos, Ogum , que me mantém na trilha aberta e certa. Osóssi , que não me deixa perecer na falta da fartura. Omolu , que não me deixar faltar a saúde e energia. Ossain , que não me deixa esquecer da minha raiz. Osumare , que me abençoa com arco-íris e chuvas de transformações. Iroko , que me faz firme. Logun , que me deixa contemplar as belezas. Osum , que me enche de riquezas, também as de sentimento. Iemanjá , mãe que me acolhe. OYA , o vento que me aponta o certo e o errado, força que move, mãe que me ensina. Oba , que não me deixa desanimar nas lutas. Ewa , que não me permite deixar de sonhar e concretizar os sonhos. Nanã , que me abençoa com mais um ano de vida. Sangô , que me mostra a justiça certa de Orisá. Osalá , que molda a cada dia minha Ori. Ibejis presentes na alegria inocente de cada momento de felicidade. Que no Sirê da vida esses sempre venham ser meus alicerces, minhas

Preta em Traje Branco | Pequenas Prosas Poéticas de Susana Malu Cordoba

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Coluna 4 Pequenas prosas poéticas de Susana Malu Cordoba https://pixabay.com Se pudesse desaprenderia tudo sobre essa máquina de moer gente, sobre essa necessidade de produtividade, que não me faz sentir viva. Se eu ousasse permaneceria inerte beijada pelo vento, acalentada pelo gorjear dos pássaros. Se em mim corresse o fio da coragem, acompanharia a transmutação das nuvens por horas a fio. Abriria o relicário da infância, estática deixaria o entardecer cair sobre meus olhos, e na penumbra me amaria sobre a luz da lua. Ficaria ali corpo imóvel, imaginando mundos ou nada Seria feliz na miudeza de existir. *** O silêncio me pariu Lembro da vertigem que me acometeu,   logo após meu nascimento. A boca amargava decepção. Em meus olhos refletia a lembrança das senhoras de face endurecida que colecionam derrotas com a elegância de quem carrega  troféus. Pensei em quantas vezes o silêncio haveria de me parir para que eu me tornasse essa couraça rígida de mulher

Improvisos & Arquivos | Depois que passar essa pandemia - Publicação Coletiva

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|  Improvisos & Arquivos - 07  | Depois que passar essa pandemia por Chris Herrmann Esta é a sétima edição do nosso projeto de improvisos que se transformou em coluna.  Improvisos & Arquivos  terá sempre alguma variação de abordagem, mas manterá a ideia de improvisação, seja minha por sugestão de amigos ou vice e versa. A publicação de hoje contém miniprosas  de 28 autores (mulheres e homens) dos amigos que aceitaram o desafio de prosear sobre o tema acima proposto.  Agora, vamos aos resultados, lembrando que algumas das prosas trazidas podem não ser inéditas. Como o nome da coluna já diz sobre a fonte - improvisos & arquivos... Arte: Luciane Valença p r o s a s Quando acabar essa pandemia olharemos para a verdade. Ela não será bonita como o dia de sol em que sairemos e nos abraçaremos sem medo. Não, a verdade será sempre o que não queremos ver e estará escondida nos amigos que não mais veremos. Quando acabar essa pandemia e nós nos encontrarmos

Suspense e emoção no conto de Rosângela Vieira Rocha

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Imagem da internet sem identificação de autoria Sombras tenebrosas O castelo em Edimburgo era enorme, com pesadas cortinas de veludo vinho. Havia almofadas por toda parte, de brocado dourado. As janelas davam para um parque amplo, cheio de flores vermelhas. Ela vestia uma camisola fina, branca, enfeitada de fitas. Trazia os cabelos presos no alto da cabeça, o que lhe emprestava um ar mais maduro. Caminhava pelos quartos, com seus chinelos macios, sem fazer barulho. Talvez procurasse alguém. Avistou-o. Vinha pelo parque com sua capa negra, nariz adunco e grandes entradas na testa. Passou por ela, olhou-a e subiu as escadas. Suas pernas tremiam. Mesmo no inverno, vestia-se com um tecido transparente. Os fascinantes olhos lhe faziam mal, mas não podia desviar o olhar. Gostava daquele homem, embora o temesse. Ele sobe para o quarto, onde há um grande esquife no centro. É quase de manhã e deita-se, apressado. Zilá acorda. Quase todas as noites sonha com o vampiro Barnabas Col