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PodPapo 07 | Entrevista com a cantora e multiartista Lica Cecato

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|  PodPapo 07  | PodPapo - Entrevista com a multiartista Lica Cecato por Chris Herrmann A nova edição  da nossa coluna de entrevistas em formato de áudio é com a querida amiga cantora e multiartista  Lica Cecato . Foram 49 minutos de um bate-papo delicioso onde vários aspectos da sua carreira, parcerias com músicos brasileiros, vivência no exterior, arte na pandemia, bem como planos de futuro foram abordados. Também relembramos como nós duas nos conhecemos. Ao final da entrevista, Lica nos presenteia com uma pequena surpresa. A entrevista foi realizada na data de hoje, via WhatsApp. Para ouvir clique na seta abaixo do nosso Podcast: | foto: Roberto Cecato | A seguir, trazemos um apanhado de vídeos com diversas apresentações da Lica no Brasil e no exterior, bem como uma divertida entrevista com Jô Soares e uma exposição de artes (que infelizmente foi interrompida por causa da pandemia este ano). Os enunciados são da própria Lica: “esse é o link mais v

Dois poemas de Anna Maria Moura | Uma poética do não caber

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  Fonte: pixabay.com Dois poemas de Anna Maria Moura Uma poética do não caber Permeável   Gosto muito de você e do jeito que me ouve sorrindo da ironia que faço no meu mundo, gosto por me dar um sorriso de bom dia sem pedir nada em troca. Por sentar ao meu lado e me deixar pensar na vida, assim sossegada como se rolasse entre a gente uma conversação telepática duas pessoas caladas, uma do lado da outra ambas contemplam o mundo ao seu modo ambas se sentem felizes, apenas por existir. E vai, pede pro garçom descer mais um litro de água transformemos essa em vinho e nos deliciaremos com a água da chuva e o vento da noite pois ser selvagem não é escolha ou opção, é a forma que existimos sem precisar explicar aos outros.   (maio 2013)     Fonte: pixabay.com   Lacuna   Toda tentativa de me enquadrar é um ato falho. Eu não caibo! Nas rodinhas, nos grupos, nos padrões de comportamento e beleza, nas expectativas familiares, na cadeira da sala de a

Um conto de Érika Gentile | "Dor"

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  Fonte: pixabay.com Um conto de Érika Gentile Dor   Eram pretas as saias que varriam o chão, como asas de urubus. O homem vociferava pelos corredores com um   livro nas mãos. Ela estava distraída. Ele bradava contra os pecados, a voz era muito forte, os braços gesticulavam enquanto andava entre as fileiras de mulheres ajoelhadas, cabisbaixas, retendo suspiros ...” Porque fizeste isso, serás maldita “....   Ela pensou no João, atrás do paiol, nos corpos deles se esfregando no muro, mas não se mexeu. A veste soturna rodopiava vigorosa e o padre inquiria com olhos agudos. Agora já não estava de joelhos, mas de quatro, no piso, um corredor imenso, vermelho, irregular. Encerava ladrilho por ladrilho. Outra saia veio até ela. Olhou sua barriga avantajada. A saia era branca. Já está quase no fim. Não soube se falava da barriga ou do corredor. Não tem mais saias, apenas a sua mãe mexendo o doce de goiaba na panela. O doce é vermelho, mas as toalhinhas continuam brancas. Procurou