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A POESIA DILACERANTE DE CINTHIA KRIEMLER | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Leiamos a poesia dilacerante de CINTHIA KRIEMLER : UM DIA SEREMOS TUDO ISSO  um dia faremos silêncio seremos pausa como as coisas gêmeas colocadas sobre as mesas de centro, sobre as estantes altas em salas nobres e intocadas.  pares perfeitos, banhados pelo sol que escapa pela fresta da persiana discreta seremos para sempre mudos inertes parelhos e empoeirados como as matrioskas os elefantes os macacos os candelabros de prata teremos esquecido como é amar — esse praticar de infinitos em pequenos gestos e não saberemos dizer qual foi o instante em que cessaram riso, a

Cinthia Kriemler - 5 poemas pra não esquecer

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Carmen Luna Natureza morta II A mulher chinesa estática na fotografia em p&b é diferente de mim Não sorri não fala português não diz palavra não tenta ser minha amiga no Facebook A mulher chinesa usa um chapéu de cone para colher arroz e umas calças largas que eu não quero usar Porque eu sou gorda e as calças largas avolumam ainda mais os visuais arredondados por carnes em acúmulo A mulher chinesa não quer ter filhas, só filhos, porque as meninas são inúteis para a revolução Mesmo que a revolução já seja tão velha quanto a minha memória mais antiga do que seja uma revolução A mulher chinesa se deita todas as noites e chora sem ruído por alguma coisa que ela não conhece e que faz falta                                      Tem medo que descubram que ela sonha com viagens com livre-arbítrio e com campos de girassóis bem mais bonitos que os campos de arroz que tornam plana a paisagem dos dias chine

Preciosidades Antológicas 01 - três autoras

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|  coluna 01  | Preciosidades Antológicas - três autoras Amanda Vital, Cinthia Kriemler e Cláudia Gonçalves por Chris Herrmann Nesta coluna aperiódica que temos o prazer de iniciar hoje, destacamos o poema de três autoras da nossa I Antologia Digital de Poesia Porque Somos Mulheres . Foram 149 poetas selecionadas (entre elas, algumas convidadas) das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito selo Revista Ser MulherArte, 2020

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Thais Guimarães, Cinthia Kriemler e Micheliny Verunschk

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[Thais Guimarães] GRAU DE VISÃO envelhecemos e não há forma amena para contar tempo o que passou a imagem devolvida pelo espelho diz tudo sem palavras os olhos já não veem (sem óculos) o que não precisa ser visto [Cinthia Kriemler] FÉRETRO somos tantas as que vivemos carpimos rezamos trepamos amamos partimos somos tantas que me confundo sobre qual de nós morreu desta vez [Micheliny Verunschk] “Ora, se nunca se anunciara com tal fervor a existência de santos suicidas é que nunca antes se oferecera o patronato de um desses santos aos próprios suicidas. Nunca existira um alguém que intercedesse por essas almas. Alguém que soubesse na carne e no espírito os caminhos e descaminhos que levam ao ato extremo. E é a história desse santo, sua vida e morte, seu polêmico percurso, que aqui se vai relatar. Melhor dizendo, dessa santa, porque cabe às mulheres desde sempre, de Pandora a Eva, a faísca da subversão, a

Ouvindo Mulheres 02 - "Puta", conto de Cinthia Kriemler

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Ouvindo Mulheres - 02 por Cris Lira Olá, leitoras e leitores! Hoje, na coluna Ouvindo Mulheres , trago a leitura do conto visceral de Cinthia Kriemler, "Puta," que integra a Coletânea I do Mulherio das Letras (Mariposa Cartonera, 2017) organizada pela Henriette Effenberger. É uma história triste e dura, contada de maneira sucinta e crua. É a voz de uma mulher que por vezes nos choca, mas pela qual sinto uma profunda empatia. Termino o conto com o desejo de convidá-la para um café; um convite para que desfie o lirismo das noites em que ainda acreditava no amor. Imagino o sorriso cansado dela no espelho ao me ouvir e tenho quase certeza de que riria, "também você é como a polaquinha?", penso que ela diria. Sorrio também. Como esse café é impossível, faço um convite a você, que me lê, para que adentre o universo ficcional de Cinthia Kriemler comigo. Deixo aqui o conto e a leitura do conto para vocês! Obrigada por me escutarem. Obrigada por nos escutarem.