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A Poeta Marilia Kubota - "Esperando as Bárbaras"

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foto Inês Santos  Q U A N T O   À S   E S C A P U L A S quanto às escapulas faltam asas por isso fico em casa tramando pra que os pássaros nunca saiam e se percam como as palavras soltas com as quais golpeio a página. C O R E S preto preto preto. são as unhas sujas na banca de frutas. branco branco branco o sorriso cúmplice de manhãs de sol. preto cinza preto. a tinta que turva a lua do poeta. cinza carmesim. é a maçã e a sombra traçadas pelo pincel. E U  T A M B É M  Q U E R O eu também quero  mentir bastante eu também gritar céu-silêncio  eu (impossível controlar) quero que você sirva ao ponto cego se entregue à fúria  não acredito num deus que desmancha S U B V E R S Ã O abrir a porta, todas as manhãs  colocar o tijolo que cabe no edifício da super produção de bens. ao meio-dia pastar nuvens, depois de comer boa comida para bons músculos. ao fim do expedi

A poética de Dagmar Braga

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foto - Inês Santos   "Geometria da Paixão"  como se fosse domingo desabotoei as horas l e n t a m e n t e abri minhas gavetas e deixei suspensa a esperança ilegível recolhi o desejo a memória como se fosse domingo deixei a solidão lançar seus fumos meus destroços e lendas aprontei o turíbulo - a prece pelo avesso – desentranhei-me – o coração vadio o corpo o olho nu como se fosse domingo e um deus dormisse Poemando luz e palavra tecendo o encontro corpo e texto lavrando a noite                liberdade uma pitada de sal ternura                e fogo Poema delirioso Era uma vez o sol Depois veio a noite A moldura da boniteza da noite E o silêncio ancho – regado a sonho Depois veio a fome E o medo da fome A incerteza E o olhar – comprido de desejo Depois veio a sede E a ranhura do vento Na crueza dos campos alísios Era uma vez o sol

O "BRINCAR POESIA" de Rosinha Morais

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imagem: arquivo particular A poesia de Rosinha Morais Metáforas Abstraio-me do teu olhar Esse aná(logo) de mim Refletindo meu eu No concretismo Das minhas rupturas.  Chamado A pele Apela Pelo Cheiro Textura Calor Apele Que eu vou.  Identidade Nasci tão perto da terra Embalada pelos cantos dos pássaros Alimentada no cheiro da relva Me perdi no chão do asfalto Em meio a uma selva de pedras.  Trajetória São os traçados Dos meus pés  À procura dos teus. Alquimia A saudade Aperta o peito Em descompasso Transforma em nó O que foi laço.  Dualismo Ando num dualismo medonho Querendo ser fome Querendo ser ... Alimento ROSINHA MORAIS , libriana de Planaltino – Bahia. Formada em Administração por circunstâncias e letras por opção, brinca de escrever desde a adolescência. Agitadora cultural, participa de coletivos culturais nas cidades de São Paulo e Guarulhos. Faz parte