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O lirismo de Patrícia Pinheiro | 7 poemas

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Monika Luniak Dou de beber ao passado e recordo que doer é finito e que viver não passa de assoprar velas coloridas de impermanência. ### Monika Luniak Eu me descuidei da matemática dos teus anos. Quando me perguntam com que idade tu viraste poeira estelar e deixaste de segurar minhas mãos assustadas e incompletas, eu tento fazer as contas e me distraio. Acho que eu fingi que os caminhos não te roubaram antes de eu estar pronta; que ainda não restariam muitas partes de mim que necessitariam do teu colo. Mas eu entendo. Eu aceito. Eu prossigo. E te abraço e te conto sobre o que eu descobri sobre o mundo quando te sonho. Só não me peças para lembrar há quantos invernos tu não respiras porque nem meus pulmões se acostumaram com estes cômodos que nunca mais estarão impregnados do cheiro do teu cigarro preferido. ### Monika Luniak Visito teu nome na a