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Mostrando postagens com o rótulo Uma colher de chá pra ele

Uma colher de chá pra ele - Wanderley Montanholi

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|Uma colher de chá pra ele 10| Seis poemas do livro inédito -  POEMAS PRA VOCÊ APRENDER A RESPIRAR I. No Passado   Depois de toda a verdade que restava De todos os enganos nas estradas sem retorno De toda chuva que escorreu pelos vidros das janelas empoeiradas das tuas coxas De todas as pontes elevadas Impedindo a passagem Depois de tudo Depois do mundo Depois do fundo Depois do teu cheiro na varanda do meu peito Do teu jeito na bola de cristal Que brilha na mesa da sala Das lições que ninguém ensinou Depois de toda a música do piano Que continuava a tocar De todas as fotos queimadas no barro Depois de tudo Depois do mundo Depois do fundo Havia o ar Armar loganzillmer Sonho sempre que meu corpo é como um lago Profundo, escuro e com a claridade interna de um desespero em vaga-lumes E mesmo que a lâmina afiada da morte Tente apagar a luz dos olhos que outrora foram meus E mesmo que tente apagar o amor, o tempo, as nuvens doces em algodão A roda da vida gira em sorte e encanto Trazendo a

Uma colher de chá pra ele - Antonio Torres

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|Uma colher de chá pra ele 09| Antonio Torres é um poeta gentilíssimo, que abraça a causa das mulheres e costuma escrever em português, espanhol e inglês. Semra Sevimli TEU NOME Eu já não durmo sem que teu nome lembre que estrelas brincan sorrindo em teus olhos Eu já não durmo sem que a lembrança do teu nome venha agasalhar-me Eu já não durmo sem que tua voz seja puro acalanto no meu ninho de sonhos És como o oxigênio no ar que respiro o espírito do sangue nas veias a usina de sonhos e desejos reinventando-me como a luz de cada amanhecer Teu nome é luz : uma formidável usina de sonhos que me reinventa como a luz do amanhecer! &&& : MULHER Sou o fogo do espírito das águas                  mar original dos prazeres onde cada homem                  se afoga e afaga sua sede de luz                   sem saber dos espinhos e rosas que guardei do paraíso em meu olhar.

Uma Colher de chá pra ele - Fabrício Brandão

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|Uma colher de chá pra ele 08| 'Cinco poemas e um brinde a mais por Fabrício Brandão' René Magritte CARTILHA Ensina-me outros modos que não sejam estes os de agora irrompendo em peles amanhecidas idiomas antigos que não uso mais Deixa-me assim taciturna a mente sem contar os fios que caem Posso arranhar paredes de qualquer madrugada sem que o temor se agigante nesses olhos rasos que sempre aprenderam a secar em silêncio "Gotas" Fotografia por Marcelo Sena CICLO duas gotas bastam para que tudo se dissolva e em restos petrifique as marcas gastas dessa tua passagem por aqui colhi certos frutos ignotas contas de cerzir o míope bordado eu que sempre quis estar no mundo hoje bebo do estranhamento antigo costume de repetir   Salvador Dali PÓ talvez ainda fique aqui suspenso na poeira resvalada dos saltos espalhado pelas varandas pueris de qualquer dia na medid

Uma colher de chá pra ele - Gilucci Augusto

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| uma colher de chá pra ele - 07 | Poemas da obra ainda  no prelo:   QUINTAL: DIÁRIO PARA VAGA-LUMES EM DIAS DE CHUVA Foto de  pilipoff  em  flickr Tinha um jardim no meio do meu quintal No meio do meu quintal tinha um jardim Tinha um mangue no meio do jardim do meu quintal No meio do jardim do meu quintal tinha um manguezal Tinham homens sangrando acorrentados no meio do mangue do jardim do meu quintal No meio do mangue do jardim do meu quintal tinham homens sangrando acorrentados Tem óleo preto nos mangues e jardins dos nossos quintais O óleo subiu a praia Subiu o morro Manchou a rosa do povo Destruiu Jardins Manguezais Agora No meio do asfalto ardente Se esforça a rosa doente A brotar A crescer Imagem Pinterest Que tristeza não ter um pequenino riacho No quintal. Poder sentir e ver a lua deitar-se Leitosa como a nata do leite que Vó deixava descansar Após ferver sem derramar, Logo cedo quando